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Candidato à presidência do Peru retira candidatura

O congressista peruano Renzo Reggiardo vai retirar sua candidatura à presidência do Peru por considerar que o processo para as eleições de 10 de abril está %u201Ccontaminado, sujo e cheio de irregularidades%u201D

postado em 19/02/2016 11:13
O congressista peruano Renzo Reggiardo vai retirar sua candidatura à presidência do Peru por considerar que o processo para as eleições de 10 de abril está ;contaminado, sujo e cheio de irregularidades;.

Líder do partido Peru Pátria Segura, Reggiardo anunciou a desistência em uma coletiva de imprensa, na quinta-feira (18). ;Nós não vamos disputar um jogo contaminado, um jogo sujo, um jogo cheio de irregularidades;, assinalou.

Renzo Reggiardo, que aparece com 1,1% das intenções de voto nas sondagens, questionou a substituição de um membro do Jurado Nacional de Eleições (JNE) em pleno processo eleitoral e também lamentou ;uma série de denúncias feitas em relação a possíveis atos de corrupção;.

;Exigimos que o órgão eleitoral seja imparcial e, lamentavelmente, o que se viu até ao momento gerou dúvidas, suspeitas, e o que vier a seguir não vai nos dar confiança;, disse.



A situação do processo eleitoral também foi questionada ontem pelo ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), candidato do partido Perú Posible.

"Cuidado. Quero advertir que esta disputa eleitoral já está muito manchada e muito polarizada e cheia de vícios. Tenho um grande respeito pelo JNE, mas tomem decisões e não politizem a questão", disse Toledo, em declarações publicadas pelo portal do diário El Comercio.

Toledo criticou a eventual mudança de um magistrado do JNE e pediu aos membros do organismo para não serem parciais nem fazerem política com isso, caso contrário ;vai haver muitos candidatos que não vão querer disputar este jogo;.

As mais recentes sondagens dão a vitória a Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), com 35% das intenções de voto, seguido de Julio Guzmán (17%), o ex-ministro Pedro Pablo Kuczynski (11%) e César Acuña (8%).

O sistema político do Peru, onde o voto é obrigatório, tem por base um regime presidencialista com um mandato de cinco anos renovável, mas não de modo consecutivo, e um parlamento de câmara única.

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