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Madri é sede de fórum social em busca de 'plano B' para Europa

O objetivo do evento é unir diferentes iniciativas que compartilhem o objetivo de acabar com a austeridade e democratizar a Europa

Agência France-Presse
postado em 19/02/2016 18:43

Dezenas de ativistas de esquerda e de movimentos alternativos europeus se reúnem em Madri, neste fim de semana, para trabalhar em um "plano B" para a Europa, que seja uma alternativa às políticas de austeridade - informaram os organizadores do encontro nesta sexta-feira.

Este foro, explicou à AFP Yago Álvarez Barba, um dos organizadores, quer unir diferentes iniciativas que compartilhem o objetivo de "acabar com a austeridade e democratizar a Europa".

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Entre os promotores dessas jornadas, que acontecem nas instalações do antigo Matadero Madrid, transformado em um grande centro cultural, estão partidos políticos, como os espanhóis Podemos (esquerda radical) e Izquierda Unida (verde/comunista), Izquierda Unitaria Europea, ou a plataforma antiliberal Attac.

O evento foi inaugurado nesta sexta (19/02) à noite pelo presidente do partido alemão Die Linke, Oskar Lafontaine, e pela ex-presidente do Parlamento grego Zoe Konstantopoulou.

No sábado, o ex-ministro grego das Finanças Yanis Varufakis deve intervir em um debate sobre "a União Europeia como campo de batalha", junto com o deputado do Podemos Miguel Urban e com a economista Catherine Samary, da Attac.

O evento acontece após o lançamento, no dia 9, em Berlim, do movimento DiEM25 (Democracy in Europe Mouvement 2025), de Varufakis. Também acontece após uma reunião em Paris, em 23 de janeiro passado, que levou "à criação de uma conferência permanente do plano B", da qual fazem parte o encontro de Madri e os que serão realizados este ano na Alemanha e na Itália.

O objetivo é "criar um lugar, onde as pessoas possam vir e debater de maneira conjunta", afirmou Álvarez.

"Esperamos que daqui saiam estratégias comuns", acrescentou.

A agenda deste fim de semana inclui oficinas sobre a economia na Europa, sua regeneração democrática, sua dívida pública, o direito dos trabalhadores, a mudança climática, ou a crise dos refugiados.

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