Os 28 países da União Europeia chegaram a um acordo, nesta sexta-feira, para atender às exigências britânicas de modo a permanecer no bloco, ao fim de mais de 30 horas de negociações quase ininterrumptas - anunciou a presidente da Lituânia.
"Há um acordo para que o Reino Unido fique na UE. Acabou-se o drama", escreveu no Twitter a presidente Dalia Grybauskaite.
Após alcançar o difícil acordo, durante um jantar de trabalho, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, está livre para voltar para Londres e convocar o referendo sobre a UE. Nele, o premiê pedirá o voto a favor da permanência no bloco.
Ao longo de todo o dia, o premiê se reuniu com aqueles líderes reticentes ao pacto.
Os detalhes do acordo não foram divulgados, mas Cameron chegou a Bruxelas com quatro demandas: poder limitar as ajudas sociais aos imigrantes europeus, ficar à margem dos próximos passos para uma maior integração europeia, que o mercado único melhore sua competitividade e proteger a "City" de Londres das decisões da zona do euro.
As exigências do primeiro-ministro refletem a tradicional visão de Londres do que deveria ser a União Europeia - um grande mercado aberto - frente aos países que querem fazer do bloco uma união mais política.
Cameron reiterou que não voltaria para casa com um acordo ruim e que preferiria, neste caso, continuar negociando.
O primeiro-ministro britânico recebeu o apoio da chefe de governo alemã, a chanceler Angela Merkel, para quem qualquer concessão a Londres é menos pior que uma saída britânica do bloco.
Nesse processo, a oposição britânica - dos trabalhistas ao UKIP - acusou Cameron e seus sócios de exagerarem as dificuldades para que o acordo seja mais valorizado pela população.