As derrotas do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria pressagiam um cerco iminente a Raqa, bastião dos jihadistas alvo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, assinalou o Pentágono nesta quarta-feira.
As forças curdas e seus aliados varrerão em "muito breve" os jihadistas da cidade de Chaddadé, na província de Hassaké, explicou o comandante Jeff Davis, porta-voz do Pentágono.
"Pensamos que, com nosso apoio firme, estas forças terão condições de cercar Raqa em pouco tempo".
As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança de grupos locais liderada por combatentes curdos, iniciou a ofensiva sobre Chaddadé com o apoio de ataques aéreos da coalizão internacional.
Raqa está nas mãos do grupo Estado Islâmico desde o início de 2014 e é a capital do autoproclamado califado do EI. A cidade, ao lado de Mossul, no Iraque, é um dos grandes objetivos da coalizão dirigida por Washington.
Rússia e Estados Unidos acentuam a pressão sobre seus aliados na Síria para fazer respeitar o cessar-fogo a partir de sábado, mas esta trégua não envolve a campanha militar contra o EI e a Frente Al-Nosra (braço sírio da Al-Qaeda), que controlam amplos territórios na Síria.
A queda de Chaddadé foi anunciada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
"A cidade está caindo e muitos jihadistas fogem, mas ainda resta um pouco de trabalho a fazer", disse Davis.