Mundo

Hillary Clinton e Donald Trump confirmam favoritismo na Superterça

A consolidação de Hillary Clinton e de Donald Trump como favoritos para conquistar a nomeação democrata e republicana, respectivamente, para as eleições de novembro

postado em 02/03/2016 06:00

Hillary celebrou o anuncio das vitórias em Virgínia, Alabama, Tennessee e Geórgia


A maratona de 14 primárias e caucus (assembleias) partidários da Super Tuesday (Superterça) reforçou a consolidação de Hillary Clinton e de Donald Trump como favoritos para conquistar a nomeação democrata e republicana, respectivamente, para as eleições de novembro. Até as 23h30 de ontem (hora de Brasília), os resultados preliminares apontavam vantagem de Trump nos estados de Alabama, Massachusetts, Tennessee, Geórgia e Virgínia. Em seu perfil no Twitter, Hillary celebrou o anuncio das vitórias em Virgínia, Alabama, Tennessee e Geórgia. De acordo com projeções da TV CNN, a ex-secretária de Estado venceu ainda no Texas, em Arkansas e no território de Samoa. O senador republicano Ted Cruz também conquistou Texas, segundo estimativas da CNN. Em Vermont, o favoritismo do senador democrata Bernie Sanders foi confirmado.

[SAIBAMAIS]Os dois pré-candidatos não aguardaram a conclusão das votações para se dedicar à campanha nos estados que sediarão as próximas etapas da corrida eleitoral. Após ser recebido por protestos em Louisville (Kentucky), Trump fez comício na Flórida, cujas primárias ocorrerão em 15 de março. O estado é importante para a briga pela sucessão presidencial e foi palco de eventos realizados por Hillary e pelo senador republicano Marco Rubio.

Para conquistar a indicação dos partidos Democrata e Republicano, os pré-candidatos à Presidência precisam do apoio de pelo menos 2.383 e 1.237 representantes, respectivamente, nas convenções nacionais. Nas votações de ontem, o apoio de 1.015 delegados e 595 delegados republicanos estava em jogo.

Sem grandes ameaças à nomeação de Hillary como candidata governista ; além do desempenho na Superterça, ela conta com o apoio de superdelegados ;, a disputa opositora foi marcada pelos cálculos sobre o tamanho do fenômeno Trump e sobre as possibilidades de sucesso para os senadores Marco Rubio e Ted Cruz, que se apresentam como alternativas ao empresário.

Embora o estilo de Trump garanta apelo em meio aos americanos insatisfeitos com a situação do país, suas declarações polêmicas servem de munição aos governistas e provocam divisões entre os republicanos. Estreante no processo eleitoral, Trump conta com um apoio ainda tímido de nomes de peso do Partido Republicano e militantes chegaram a descrever a possível nomeação do empresário como algo que causaria ;pânico; dentro da cúpula do partido.
Em meio à votação da Superterça, o magnata foi alvo de críticas, depois de ter se recusado a rejeitar o apoio à sua candidatura anunciado por David Duke, ex-líder da organização racista Ku Klux Klan. Em Kentucky, onde o caucus republicano ocorre somente no próximo sábado, um encontro realizado pelo empresário foi acompanhado por manifestações de ativistas do grupo pró-direitos civis Black Lives Matter, que se reuniram do lado de fora do local do evento.

Intolerância
A questão foi alvo de críticas do líder republicano na Câmara dos Deputados, Paul Ryan, alinhado ao establishment do partido. ;Se uma pessoa quer ser a nomeada pelo Partido Republicano, não pode haver evasão ou jogos;, salientou. Para Ryan, os pré-candidatos devem rejeitar qualquer grupo ou causa fundamentados pela intolerância. ;Este partido não prega o preconceito. Este é o partido de Lincoln. Acreditamos que todas as pessoas são iguais aos olhos de Deus e de nosso governo. Isso é fundamental e, se alguém quer ser nosso nomeado, deve entender isso;, recomendou.
Hillary Clinton, que não respondia às perguntas dos repórteres que há 87 dias acompanham a sua campanha, rompeu o silêncio para considerar a postura de Trump ;muito desapontadora; e ;um aparente apoio; do concorrente republicano a Duke.

Enquanto os estrategistas de Trump se preparavam para avaliar os resultados da Superterça, um grupo de empresários e doadores de campanha realizaram teleconferência para angariar fundos para campanha contra o magnata. Segundo o jornal The New York Times, o grupo é formado por pessoas que apoiavam candidatos que desistiram da disputa e cuja estratégia é frear a ascensão de Trump nas próximas primárias.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação