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Governo boliviano denuncia ameaça de morte ao presidente Evo Morales

Segundo o ministro de Governo, Carlos Romero, a polícia identificou o cidadão boliviano Manuel Terrazas como responsável pela ameaça feita pelo Facebook

Agência France-Presse
postado em 02/03/2016 14:54

O governo boliviano denunciou nesta quarta-feira (02/03) que circula na internet uma ameaça de morte contra o presidente Evo Morales, como parte de uma "conspiração", em um contexto de polêmicas que atingem o governante e sua ex-companheira, presa por enriquecimento ilícito.

"Nas últimas horas tem circulado uma ameaça de morte contra o presidente Evo Morales, precedida de um conjunto de adjetivos e acusações", afirmou em uma coletiva de imprensa o ministro de Governo (Interior), Carlos Romero.

Ele acrescentou que a polícia identificou o cidadão boliviano Manuel Terrazas como responsável pela mensagem no Facebook, mencionando que o suspeito manifestou apoio a uma ex-líder de um sindicato de esposas de policiais, detida na terça-feira por insultar o governante.

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Romero, encarregado da segurança interna, também mencionou que há "mensagens caluniosas e indignas contra o presidente Evo Morales, como parte de uma estratégia de conspiração política especialmente dirigida contra o presidente".

O ministro da Defesa, Reymi Ferreira, indicou, por sua vez, que foram detectados nos últimos dias drones sobrevoando a casa do presidente Evo Morales e do vice-presidente Alvaro Garcia.

As pessoas que operavam os aparelhos foram presas, mas libertadas pouco depois por falta de elementos incriminatórios.

O próprio Morales e seu ministro da Presidência, Juan Ramon Quintana, evocaram na véspera a hipótese de "golpe branco", em meio a uma forte crise de imagem do presidente, pelas denúncias relacionadas com sua ex-mulher Gabriela Zapata, com quem teve um filho há cerca de 8 ou 9 anos.

O governo diz que a criança está morta, mas a família da mãe afirma que a criança está viva.

Zapata, que trabalhava para uma empresa chinesa que tinha contratos milionários com o governo, foi detida na sexta-feira passada acusada de enriquecimento ilícito.

O relacionamento com Zapata abalou a imagem de Morales, que fracassou na tentativa de aprovar, em um referendo, uma candidatura a um quarto mandato consecutivo (2020-2025).

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