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Subsecretário de Estado dos EUA condena detenções de opositores em Cuba

Segundo o subsecretário Tony Blinken, o governo cubano foi convocado para encerrar a tática que silencia qualquer protesto pacífico

Agência France-Presse
postado em 02/03/2016 16:12

O subsecretário de Estado americano Tony Blinken condenou nesta quarta-feira (02/03) em Genebra as detenções de dissidentes do governo cubano, antes da histórica visita do presidente Barack Obama à ilha.

"Estamos cada vez mais preocupados com o número recorde, durante janeiro, de detenções de curta duração de ativistas pacíficos por parte do governo" cubano, afirmou Blinken em discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

"Convocamos o governo cubano a encerrar esta tática destinada a silenciar qualquer protesto pacífico", acrescentou.

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No final do mês, o presidente Obama fará a primeira visita de um chefe de Estado dos EUA a Cuba desde a de Calvin Coolidge, em 1928.

Há pouco mais de um ano, Washington e Havana começaram uma aproximação depois de meio século de tensões originadas durante a Guerra Fria e que se traduziram, entre outros pontos, no embargo econômico dos EUA sobre a ilha.

Durante sua visita, o presidente Obama "insistirá no fato de que o povo cubano obterá mais benefício de um entorno, no qual as pessoas sejam livres para escolher seu partido político e seus dirigentes, assim como expressar sua opinião", afirmou o subsecretário.

Evocando também a situação dos direitos humanos na China, Blinken disse estar "alarmado com a repressão atual contra advogados, fiéis e líderes da sociedade civil".

Dezenas de opositores chineses foram presos desde a chegada do atual presidente Xi Jinping, há três anos.

Desde o final de 2015, foi lançada uma vasta campanha de repressão à dissidência. Essa onda atingiu pelo menos 200 advogados e muitos defensores dos direitos humanos, que foram detidos, ou interrogados, no gigante asiático.

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