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ONG, sindicatos e empresas pedem a UE que reduza gases de efeito estufa

Segundo a Greenpeace, a UE prevê uma redução de 40% antes de 2030 com relação a 1990 das emissões de gases de efeito estufa

Agência France-Presse
postado em 02/03/2016 17:03

ONG, sindicatos e grandes empresas pediram nesta quarta-feira (02/03) à Comissão Europeia que reduza mais que o atualmente previsto as emissões de gases de efeito estufa na União Europeia (UE).

"A Comissão [nr: braço executivo da UE] se esquece de recomendar uma revisão dos objetivos de carbono da UE antes de 2030, com vistas ao objetivo fixado em Paris de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5; C", escreveu o Greenpeace em um comunicado.

O acordo assinado durante a COP21, em Paris, em dezembro passado, visa a conter o aquecimento "muito abaixo dos 2; C" e pede aos países para "prosseguir com os esforços para limitar o aumento a 1,5; C", lembrou a organização ambientalista.

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No entanto, o atual objetivo da União Europeia foi fixado em 2014, com a finalidade de limitar a elevação das temperaturas a 2; C. Assim, a UE prevê uma redução de 40% antes de 2030 com relação a 1990 das emissões de gases de efeito estufa, acrescentou.

O Greenpeace expressa sua "decepção", pois a Comissão se nega a contemplar a possibilidade de fixar novas metas climáticas antes de 2023.

O eurodeputado verde francês Yannik Jadot, referindo-se ao acertado na COP21, também destacou que "as repercussões deste acordo para a Europa são claras: a União Europeia tem que revisar seus objetivos em matéria de clima e energia para 2020, 2030 e 2050".

A Rede Ação pelo Clima da Europa, que reúne 120 ONGs em trinta países também pediu à UE a elevar seus objetivos.

"É preciso conseguir baixar em muito mais que 40% as emissões de gases de efeito estufa antes de 2030 e aproximá-las de zero em 2050", declarou Wendel Trio, diretor da Rede, em um comunicado conjunto da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) e um grupo de grandes empresas, entre as quais estão Coca-Cola e GlaxoSmithKline.

Um calor abrasador cobriu a Terra no ano passado como nunca antes, fazendo de 2015 no ano mais quente desde que os registros tiveram início, no fim do século XIX, aumentando a preocupação sobre o avanço acelerado das mudanças climáticas.

Recordes de calor foram observados em quase todo o mundo, incluindo a América Central, metade norte da América do Sul, partes do norte, sul e leste da Europa, bem como no oeste da Ásia e importantes regiões da Sibéria.

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