Agência France-Presse
postado em 05/03/2016 12:16
Washington, Estados Unidos - A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta sexta-feira as restrições que afetavam os médicos na Louisiana e que levariam ao fechamento de todas as clínicas que praticaram abortos, exceto uma. No que os defensores dos direitos reprodutivos esperam que seja o presságio de uma grande vitória legal no futuro, a Corte restabeleceu temporariamente a ordem de um juiz que bloqueou uma nova lei da Louisiana que obriga os médicos a obter uma afiliação formal a um hospital local.Um tribunal de apelações havia decidido na semana passada que esta lei deveria ser aplicada. Os defensores do direito ao aborto dizem que a lei foi projetada para fechar as clínicas de aborto, ao exigir delas "privilégios de admissão" ao hospital difíceis de conseguir. "Estas táticas sujas de bloquear o acesso das mulheres ao aborto legal e seguro simplesmente não pode ser suportada", disse a presidente do Centro de Direitos Reprodutivos, nancy Northup, em um comunicado.
O centro representa as clínicas da Louisiana que se opõem a esta lei nos tribunais. O juiz Clarence Thomas foi o único membro da Corte que publicamente diverge desta ordem. A Suprema Corte está considerando um caso quase idêntico no Texas com implicações nacionais.
A lei da Louisiana foi assinada pelo ex-governador republicano Bobby Jindal em 2014. O aborto é legal nos Estados Unidos desde 1973, após uma decisão histórica da Suprema Corte.