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EUA impõem sanções ao gigante chinês ZTE por violar embargo ao Irã

O gigante chinês teria "exportado ilegalmente" equipamentos que eram alvo de sanções dos Estados Unidos ao Irã

Agência France-Presse
postado em 07/03/2016 20:17

O governo americano vai impor restrições comerciais ao gigante chinês de equipamentos de telecomunicações ZTE por violar o embargo dos Estados Unidos ao Irã - de acordo com um documento oficial obtido pela AFP nesta segunda-feira (7/03).

Na última segunda, o grupo revelou que estava sendo ameaçado de represálias comerciais dos Estados Unidos, suscitando a reação das autoridades de Pequim.

A partir de amanhã, a ZTE deve aparecer na lista negra do Departamento americano do Comércio. A lista apresenta empresas cujas ações são "contrárias à segurança e aos interesses nacionais da Política Externa dos Estados Unidos", segundo a notificação que será publicada no Diário Oficial.

De acordo com o documento, o gigante chinês teria "exportado ilegalmente" equipamentos que eram alvo de sanções dos Estados Unidos ao Irã, violando, assim, o embargo internacional utilizando empresas de fachada. A notificação oficial não especifica a data das polêmicas operações, ou de sua finalidade específica.

De acordo com vários veículos de comunicação, as investigações dos Estados Unidos começaram em 2012.

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No futuro, a ZTE deverá pedir a aprovação das autoridades americanas cada vez que quiser vender, ou comprar, qualquer produto nos EUA.

Antes mesmo da confirmação oficial, Pequim já havia emitido protestos, opondo-se "fortemente às sanções dos EUA contra empresas chinesas com base em sua legislação nacional", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei.

"Esperamos que os Estados Unidos encerrem suas práticas equivocadas, a fim de não prejudicar ainda mais as relações bilaterais e a cooperação econômica" entre os dois países, insistiu Hong.

Washington concordou em suspender, desde meados de janeiro, algumas sanções contra Teerã, mas continua impondo um embargo relacionado a violações dos direitos humanos e ao apoio ao terrorismo. Essas restrições proíbem, de fato, que muitas empresas americanas possam retornar ao Irã.

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