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Cuba diz que dará boas-vindas a Obama, mas sem concessões políticas

Segundo o órgão oficial do Partido Comunista de Cuba (PCC, único), a visita, que será realizada de 20 a 22 de março

Agência France-Presse
postado em 09/03/2016 11:08

Segundo o órgão oficial do Partido Comunista de Cuba (PCC, único), a visita, que será realizada de 20 a 22 de março

Havana, Cuba
- Cuba dará as boas-vindas ao presidente Barack Obama, mas alertou que não fará concessões políticas, nem renunciará "a um só de seus princípios revolucionários e imperialistas".

[SAIBAMAIS]Obama será bem recebido pelo governo de Cuba e seu povo, com a hospitalidade que os distingue, e será tratado com toda consideração e respeito, mas ninguém pode pretender que, para isso, tenhamos de renunciar a um só de nossos princípios", afirmou o jornal oficial Granma.

"Cuba reitera, por sua vez, plena disposição para manter um diálogo respeitoso para com o governo dos Estados Unidos e desenvolver relações de convivência civilizada. Conviver não significar ter de renunciar às ideias nas quais acreditamos e que nos trouxeram até aqui, ao nosso socialismo", enfatizou.

Segundo o órgão oficial do Partido Comunista de Cuba (PCC, único), a visita, que será realizada de 20 a 22 de março, "faz parte do complexo processo para a normalização dos vínculos bilaterais que apenas se inicia e que avançou sobre o único terreno possível e justo: o respeito, a igualdade, a reciprocidade e o reconhecimento da legitimidade de nosso governo".

O restabelecimento das relações bilaterais "chegou a este momento como resultado da heroica resistência do povo cubano e sua lealdade aos princípios, a defesa da independência e da soberania nacionais, em primeiríssimo lugar", afirma o texto.

"Esta será uma oportunidade para que o presidente dos Estados Unidos aprecie diretamente uma nação baseada em seu desenvolvimento econômico e social, na melhoria do bem-estar de seus cidadãos", acrescenta.

A importância dos novos vínculos com os Estados Unidos "é que ambos países respeitem suas diferenças e acreditem em uma relação baseada no benefício de ambos os povos", conclui.

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