Os organismos israelenses de segurança fecharam o canal de televisão palestino ;Falestin Al Yom;, que transmite da Cisjordânia através de várias plataformas, e detiveram um dos seus diretores por suspeitas de incentivar a violência. ";Falastin Al Yom; (Palestina hoje) age em nome da ;jihad; islâmica", afirmou a polícia em comunicado, citando as forças dos serviços secretos, o exército e autoridades policiais, que invadiram os escritórios do canal, em Ramallah, ontem (10) à noite.
[SAIBAMAIS]De acordo com o relatório da polícia, "o canal serve à ;jihad; islâmica como uma ferramenta para o incitamento (à violência) entre a população da judeia e Samaria (Cisjordânia), exortando a realização de ataques contra o estado de Israel e seus cidadãos". A mesma fonte adiantou que o ;Falestin Al Yom; divulgou informações através da televisão, internet e redes sociais.
Um de seus diretores, Omar Faruk Kasam Alat, de 34 anos, e um residente de Bir Zet, foram presos durante a operação israelense.
Muhamad Amro, um dos executivos do canal, confirmou hoje (11) o ataque e disse à agência de notícias EFE que os agentes confiscaram todos os equipamentos eletrônicos e fecharam o canal por tempo indeterminado.
Em comunicado, o secretário-geral da OLP [Organização para a Libertação da Palestina], Saeb Erekat, condenou o ataque e instou a comunidade internacional a "agir contra Israel para parar a violência contra os palestinos e as suas instituições."
Também o sindicato dos jornalistas palestinos criticou o encerramento do canal. A decisão de fechar a televisão foi tomada ontem à noite pelo gabinete de segurança de Israel, por considerar que o país deve agir contra os meios de comunicação palestinos que sejam considerados uma plataforma para a incitação à violência. Esta semana, vários ataques em Jerusalém, Tel Aviv e Petah Tikva causaram um morto e dez feridos.