Agência France-Presse
postado em 21/03/2016 14:58
Washington, Estados Unidos - A maioria dos americanos aprova o restabelecimento das relações diplomáticas com Cuba e a condução do presidente Barack Obama nesse processo, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira e realizada pelo jornal The New York Times e a rede de TV CBS.
Segundo o estudo, 58% dos americanos estão de acordo com a reaproximação, contra apenas 25% contrários, um resultado virtualmente idêntico ao obtido por uma pesquisa parecida em julho do ano passado, quando os dois países reabriram suas embaixadas.
Esta tendência é mais marcada entre os eleitores do Partido Democrata (69%) e entre os eleitores que se declaram independentes (57%). Mas entre os eleitores do conservador Partido Republicano, cujos líderes criticam a política de Obama em relação a Cuba, 44% também estão de acordo com a retomada das relações.
Uma maioria, 52%, de americano também está de acordo com a forma que Obama conduz essa delicada aproximação. Em dezembro de 2014, quando Washington e Havana anunciaram o início da aproximação, essa porcentagem era de 44%.
Segundo a pesquisa, a maioria dos americanos também deseja o fim do embargo econômico imposto por Washington a Cuba há meio século.
São 55% favoráveis ao fim do embargo, em uma tendência que novamente é mais evidente entre os democratas (64%) e os independentes (56%).
Os republicanos, no entanto, estão mais divididos, apesare de a porcentagem dos que desejam o fim do embargo (43%) seja maior que a dos que desejam sua continuidade (38%), com 19% que não têm uma opinião definida.
Ainda, 62% dos pesquisadores acham que o restabelecimento das relações com Cuba será bom para os Estados Unidos, e 40% esperam que levará a reformas no sistema político cubano.
No entanto, 69% dos americanos querem o fim dos privilégios migratórios para os cubanos, para que sejam tratados como todos os imigrantes que chegam ao país.
Em compensação a pesquisa mostra de 52% dos americanos são contra o fechamento da prisão de Guantánamo, contra apenas 38% que acham que isso seria melhor.