Agência France-Presse
postado em 21/03/2016 17:06
Washington, Estados Unidos - As forças americanas confirmaram nesta segunda-feira que instalaram uma posição de artilharia no norte do Iraque, alimentando especulações sobre uma maior participação de suas tropas na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI).
[SAIBAMAIS]Apesar dos bombardeios diários dos aviões americanos contra posições jihadistas, os cerca de 3.900 soldados americanos no país estão empenhados apenas na formação e aconselhamento das tropas iraquianas.
Eles não têm nenhum envolvimento direto nos combates, com exceção de algumas incursões de forças especiais.
Mas nesta segunda-feira, um porta-voz militar reconheceu que os Marines haviam implantado o equivalente a uma companhia deste corpo com "quatro canhões" perto de Makhmour, no norte do Iraque.
Esta posição de artilharia conta com cerca de 200 marines americanos, um dos quais foi morto no sábado por um foguete disparado por jihadistas. Vários outros ficaram feridos.
A posição de artilharia foi instalada "há duas semanas" para garantir a proteção de milhares de soldados iraquianos, acompanhados por uma centena de conselheiros militares americanos, que se instalaram nas proximidades para preparar a ofensiva para retomar a cidade de Mossul, indicou nesta segunda-feira em uma videoconferência o coronel Steve Warren, um porta-voz militar.
"É a primeira vez" que os Estados Unidos estabelecem uma base 100% americana não alojada em uma base iraquiana, mas próxima, "algumas centenas de metros", reconheceu.
O presidente Barack Obama prometeu no início da ofensiva contra o EI que não iria enviar tropas terrestres dos Estados Unidos para lutar contra os jihadistas.
Mas a lentidão do avanço das tropas iraquianas obrigou-o a flexibilizar esse princípio. Autorizou, por exemplo, as forças especiais de realizar incursões no terreno e permitiu que conselheiros militares ajudassem nos combates.