Agência France-Presse
postado em 27/03/2016 13:19
O Tribunal de Segurança Nacional de Abu Dhabi condenou neste domingo 11 membros de um grupo islâmico radical à prisão perpétua por planejar "operações terroristas" nos Emirados Árabes Unidos e estabelecer ali um "califado" inspirado grupo Estado islâmico (EI).Dois membros do mesmo grupo foram condenados a 15 anos de prisão, 13 outros a 10 anos, dois a cinco e seis anos, enquanto sete foram absolvidos, explicou a agência oficial WAM.
A imprensa internacional não foi autorizada a assistir ao julgamento de 41 homens, incluindo quatro estrangeiros, pertencentes ao "grupo terrorista Al Manara", que foi aberto em agosto passado em Abu Dhabi, a capital federal dos EAU.
Eles foram acusados %u200B%u200Bde conspirar para atacar alvos diferentes, incluindo hotéis e centros comerciais e de conspirar para derrubar o regime com a intenção de estabelecer um estado islâmico nos Emirados Árabes Unidos.
Eles também foram acusados %u200B%u200Bde levarem armas para o país do Golfo e ter laços com a Frente Al-Nusra (braço da Al-Qaeda) na Síria, e com o EI.
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De acordo com a versão online do jornal Khaleej Times, os condenados foram considerados culpados de "conspirar para realizar operações terroristas em todo o país", ter "posse de armas e munições com intenção de cometer ataques" e de ter "contatado e levantado fundos" para o EI e a Frente al-Nusra.
Os Emirados Árabes estão comprometidos desde setembro de 2014 na coalizão liderada pelos Estados Unidos que realiza ataques aéreos na Síria e no Iraque contra o grupo EI.
Os ataques atribuídos a extremistas ou pessoas inspiradas por grupos extremistas são extremamente raros nesta monarquia rica em petróleo, que tem uma política de "tolerância zero" vis-à- vis os radicais islâmicos.
Uma mulher dos Emirados foi executada por arma de fogo em julho, após ser condenada à morte pelo assassinato de um professor americano em dezembro de 2014, em Abu Dhabi.