A polícia holandesa deteve neste domingo um cidadão francês de 32 anos suspeito de preparar um atentado, em uma operação solicitada pela França, anunciou a promotoria holandesa.
"As autoridades francesas solicitaram na sexta-feira a detenção de um francês" suspeito de "preparar um atentado terrorista", disse um funcionário da promotoria.
O suspeito será entregue à França "em breve", acrescentou o funcionário, sem precisar se a detenção está ligada aos atentados de Paris, em novembro passado.
Segundo a fonte, havia um mandato de busca contra o suspeito, natural dos arredores de Paris, desde 24 de dezembro de 2015, por associação criminosa para cometer atos terroristas.
Um funcionário da polícia francesa revelou que o suspeito detido recebeu instruções do grupo Estado Islâmico para cometer um atentado na França junto com Reda Kriket, que foi preso na quinta-feira passada, nos arredores de Paris.
Kriket, 34 anos, foi detido em Boulogne-Billancourt, no oeste de Paris, por planejar um atentado na França "em estado avançado", segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
Fuzis de assalto e explosivos foram encontrados no apartamento de Kriket, situado em outro subúrbio de Paris.
Kriket havia sido condenado à revelia em Bruxelas em julho de 2015, junto com Abdelhamid Abaaoud, por integrar um braço jihadista na Síria. Morto cinco dias após os ataques em Paris, suspeita-se que Abaaoud teve um papel-chave nos ataques de 13 de novembro.
Nascido em Courbevoie, subúrbio de Paris, Kriket residia em Ixelles, na região de Bruxelas, após ser alvo de um mandato de prisão internacional emitido em março de 2014.
Segundo Wim de Bruin, porta-voz da promotoria holandesa, a entrega do suspeito às autoridades francesas pode demorar "vários dias". O funcionário se recusou a divulgar informações sobre o homem detido, alegando que "trata-se de uma investigação francesa".
A polícia holandesa deteve outros três suspeitos, incluindo dois homens de origem argelina, de 43 e 47 anos, segundo o funcionário.
Várias casas de um bairro de Roterdã, no oeste do país, foram evacuadas "por precaução" durante a operação policial, revelou a fonte.