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Egito aposenta 32 juízes que rejeitaram destituição de Mursi

Após a destituição em 3 de julho de 2013 do primeiro presidente democraticamente eleito no Egito, o novo poder matou em dez meses mais de 1.400 manifestantes pró-Mursi

Agência France-Presse
postado em 28/03/2016 15:56


Cairo, Egito - O Conselho Superior da Magistratura egípcio forçou nesta segunda-feira a se aposentar 32 juízes que se recusaram a reconhecer a legalidade da destituição, por parte do exército, em 2013 do presidente islamita Mohamed Mursi, indicaram fontes judiciais.

Após a destituição em 3 de julho de 2013 do primeiro presidente democraticamente eleito no Egito, o novo poder matou em dez meses mais de 1.400 manifestantes pró-Mursi e prendeu mais de 40.000 de seus seguidores, incluindo membros da Irmandade Muçulmana, de acordo com a Anistia Internacional e Human Rights Watch.



"O Conselho Superior da Magistratura decidiu obrigar 32 juízes a se aposentar por estarem envolvidos na política e por apoiar uma determinada parte", declarou à AFP um membro desta instância, que pediu anonimato. A informação foi confirmada por um dos seus colegas.

O Conselho já havia forçado 15 juízes a se aposentar, há uma semana, citando as mesmas razões.

Estes magistrados se recusram a reconhecer a legalidade da destituição de Mursi, que foi condenado à morte, assim como a maioria dos líderes da Irmandade e centenas de seus seguidores.

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