"A epidemia de ebola na África Ocidental já não constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional", declarou Margaret Chan, diretora da OMS à imprensa.
A situação de emergência foi decretada em agosto de 2014.
A epidemia, que começou em dezembro de 2013, na África Ocidental, foi a mais grave desde a identificação do vírus, há 40 anos, e deixou mais de 11.300 mortos, principalmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Chan ressaltou que esses três países continuavam vulneráveis a possíveis surtos, como na Guiné, onde cinco pessoas morreram desde 16 de março.
"O risco de uma extensão internacional diminuiu (...) agora temos a capacidade de reagir rapidamente às novas emergências virais", acrescentou.
A OMS foi muito criticada por sua gestão da crise, especialmente por ter reduzido a importância do tamanho da epidemia e ter demorado em mobilizar os meios necessários para fazer frente a ela.
Antes de anunciar sua decisão, o comitê de urgência organizou no mesmo dia uma teleconferência com representantes de Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três principais países afetados pela epidemia.
A epidemia também chegou ao Mali e à Nigéria e depois a outros cinco países, entre eles Espanha e Estados Unidos.
Em 17 de março, a OMS tinha anunciado oficialmente o fim do último episódio do Ebola em Serra Leoa, o que deveria por um fim à sua transmissão na África ocidental.
Mas no dia seguinte, a organização revelou a existência de uma possível ressurgência do Ebola na Guiné, onde o fim da epidemia tinha sido proclamado em 29 de dezembro de 2015.