Ao menos mil pessoas, incluindo centenas de emigrantes, protestaram nesta quarta-feira, em Atenas, para exigir a "abertura das fronteiras" e denunciar as condições miseráveis de acolhimento na Grécia.
"Queremos liberdade, Abram as fronteiras, Queremos justiça", diziam cartazes exibidos pelos manifestantes, a maior parte procedente de Pireu, o porto próximo a Atenas onde estão alojados há várias semanas.
A manifestação foi organizada por grupos de esquerda que apoiam os emigrantes e pelo Movimento Contra a Ameaça do Racismo e do Fascismo (Keerfa).
Nos manifestamos "contra a Europa e a Grécia-prisão", dizia uma bandeira.
"Quero prosseguir viagem com a minha família, quero chegar à Alemanha", disse Newid, um afegão de 24 anos, que chegou à Grécia há quatro semanas.
Após o fechamento da fronteira com a Macedônia, país vizinho à Grécia, ao menos 51 mil emigrantes estão bloqueados no território grego, segundo números oficiais.
Apesar do acordo de 20 de março entre a UE e a Turquia para conter o fluxo migratório em direção à Europa, centenas de pessoas chegam diariamente às ilhas gregas, mas a um ritmo menor que há um mês.
Entre terça e quarta-feira, 766 emigrantes chegaram à Grécia, sendo 569 a ilha de Lesbos, principal porta de entrada de refugiados na Europa, mas este número tem variado de dezenas a centenas nos últimos dias.