postado em 03/04/2016 08:00
Com a consciência fustigada pelos movimentos que combatem a violência policial contra as comunidades negras, os americanos recordam amanhã a morte de um dos ícones da luta pelos direitos civis, em um cenário ainda distante do sonho da igualdade racial. Passados 48 anos do assassinato de Martin Luther King Jr., os abusos contra jovens afroamericanos são combustível para debates e para a ação de grupos como o Black Lives Matter (;vidas negras importam;). Apesar dos intensos protestos em nível nacional após a morte de jovens negros sob custódia policial ; como nos casos de Michael Brown, no Missouri, e de Freddie Gray, em Baltimore ;, a questão não entrou com a mesma força na campanha presidencial.
Em paralelo à corrida pela nomeação dos partidos democrata e republicano para a eleição de novembro, o discurso dos ativistas tem mobilizado segmentos da sociedade e colocado o tema racial na pauta dos formadores de opinião. Na indústria do entretenimento, a questão da discriminação permeia a intervenção de artistas como a cantora Beyoncé, enquanto os versos do rapper Kendrick Lamar são entoados por manifestantes em atos promovidos pelo Black Lives Matter.
Para Harvey Young, professor do Departamento de Comunicação da Northwestermn University e especialista em estudos afroamericanos, o engajamento de personalidades do showbiz dá uma face pública aos movimentos raciais e fortalece a expressão de frustração entre as comunidades negras. ;O próximo passo é mobilizar eleitores para apoiar políticos que trabalharão por políticas mais inclusivas. Claro que, quando temos a atual estrutura política e uma diferença significativa de posicionamento entre os principais pré-candidatos republicanos e democratas, o apoio de celebridades pode incentivar as pessoas a se registrar como eleitores e participar das eleições;, avalia.
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