Agência France-Presse
postado em 07/04/2016 12:05
Washington, Estados Unidos - Os países aliados dos Estados Unidos não usam todos os dados que os americanos fornecem para seu trabalho antiterrorista e isso é preocupante, estimou nesta quinta-feira o diretor do Centro de Vigilância de Terroristas, que depende da polícia federal americana (FBI)."É preocupante que nossos aliados não usem todos os nossos dados", declarou ao canal CNN Christopher Piehota, diretor do Terrorist Screening Center, que conta com uma base de dados de suspeitos de terrorismo, a Terrorist Screening Database (TSDB).
"Nós fornecemos ferramentas. Fornecemos assistência, e seria preocupante se não usassem essas ferramentas de detecção para sua própria segurança aérea, marítima, seus controles fronteiriços, vistos", acrescentou.
O funcionário de alto escalão afirmou que os Estados Unidos "conheciam algumas (das) pessoas" que executaram os recentes atentados em Paris e Bruxelas.
Os atentados de 22 de março em Bruxelas despertaram críticas sobre as supostas falhas da polícia e dos serviços de inteligência belgas, que as autoridades deste país refutam.
Os Estados Unidos contam com uma base de dados centralizada sobre suspeitos de atividades terroristas, enquanto na União Europeia cada país tem sua própria lista de suspeitos. A Bélgica pediu que os países europeus troquem este tipo de informações entre eles.
Um dos suicidas do aeroporto de Bruxelas, Ibrahim El Bakraoui, figurava em uma das listas de suspeitos terroristas dos Estados Unidos "antes dos atentados de Paris" de 13 de novembro, havia informado a CNN no dia 25 de março, citando autoridades americanas.
Seu irmão mais novo, Khalid, que detonou seus explosivos no metrô de Bruxelas junto a outro sujeito, foi incluído nesta lista "pouco depois dos atentados de Paris", segundo a rede americana.