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Chavistas e opositores venezuelanos se enfrentam por referendo revocatório

Em meio à troca de insultos, os governistas lançaram pedras contra os opositores, desencadeando um confronto, sobre o qual as autoridades ainda não divulgaram um balanço

Agência France-Presse
postado em 07/04/2016 15:05

Partidários da oposição e do chavismo se enfrentaram nesta quinta-feira (7/4) na capital venezuelana quando os primeiros se dirigiam à sede do organismo eleitoral para pedir a ativação de um referendo revocatório do mandato do presidente Nicolás Maduro, constatou a AFP.

A briga - que incluiu socos e pedradas - ocorreu nas imediações do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no centro de Caracas, onde 150 opositores, entre eles trinta deputados, chegaram exigindo planilhas para a coleta de assinaturas.

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Em meio à troca de insultos, os governistas (meia centena instalados diante da entrada principal do CNE) lançaram pedras contra os opositores, desencadeando um confronto, sobre o qual as autoridades ainda não divulgaram um balanço.

No entanto, o deputado opositor Tomás Guanipa informou sobre vários feridos, incluindo um legislador.

Os simpatizantes da oposição também responderam com pedradas e enfrentaram os governistas com socos, levando à mobilização pela Guarda Nacional de um cordão que os separou momentaneamente, antes de os chavistas o romperem, obrigando seus adversários a se dispersar.

Perto do CNE se localiza a sede do Parlamento - controlado pela oposição -, cujos arredores foram militarizados para evitar que a revolta se estendesse a este setor.

"Apesar da emboscada madurista, expedimos o documento que exige que o CNE entregue os formatos para iniciar a coleta de assinaturas" destinadas a reativar o referendo, escreveu no Twitter o secretário-executivo da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD).

A oposição impulsiona esta consulta e uma emenda constitucional que encurte o mandato de Maduro (2013-2019), além de mobilizações populares.

O referendo revocatório pode ser ativado na metade do período de Maduro, completada este mês, e para ser convocado são necessárias as assinaturas de 20% dos eleitores, quase quatro milhões.

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