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Três novos detidos na Bélgica por investigação dos atentados de Paris

Os dois homens são acusados de "participação nas atividades de um grupo terrorista, assassinatos terroristas e tentativas de assassinatos terroristas, como autor, coautor ou cúmplice"

Agência France-Presse
postado em 12/04/2016 14:52


Bruxelas, Bélgica - Três pessoas foram detidas nesta terça-feira em uma revista no bairro de Uccle, em Bruxelas, dentro da investigação dos atentados de Paris, em 13 de novembro.

Segundo a procuradoria belga, um juiz de instrução determinará se os três seguirão detidos.

No total, 14 pessoas estão detidas e/ou acusadas pela justiça belga.

A Procuradoria Federal da Bélgica também anunciou nesta terça-feira o indiciamento de mais duas pessoas na investigação dos atentados de 22 de março em Bruxelas.

Os dois homens são acusados de "participação nas atividades de um grupo terrorista, assassinatos terroristas e tentativas de assassinatos terroristas, como autor, coautor ou cúmplice".

Smail F., nascido em 1984, e Ibrahim F., nascido em 1988, estariam vinculados com um apartamento alugado na rua Casernes de Etterbeek, um bairro de Bruxelas, segundo a procuradoria.


No sábado, a polícia revistou um apartamento desta rua, durante uma grande operação na capital belga, mas o resultado foi "negativo", de acordo com a procuradoria.

O canal belga RTBF informou que este apartamento serviu de ponto de partida em 22 de março para Khalid El Bakraoui, o homem-bomba da estação de metrô de Maelbeek, acompanhado por Osama Krayem, que foi detido e indiciado no fim de semana.

"A investigação prossegue ativamente, dia e noite", destacou a procuradoria em um comunicado.

Três homens-bomba (dois no aeroporto de Bruxelas-Zaventem e um no metrô) mataram 32 pessoas na capital belga em 22 de março, em ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

Os investigadores encontraram muitos vínculos entre os atentados de Bruxelas e os cometidos em Paris, que deixaram 130 mortos.

Fontes ligadas à justiça afirmaram no fim de semana que o objetivo da célula era voltar a atacar na França, mas quando perceberam o rápido avanço da investigação decidiram de forma precipitada atacar em Bruxelas.

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