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EUA vão substituir soldados por drones no Egito

Cerca de 700 militares americanos participam dessa missão de paz da ONU, que surgiu da assinatura de um tratado de paz de 1979 entre Israel e Egito, após os acordos de Camp David

Agência France-Presse
postado em 12/04/2016 19:44


Washington, Estados Unidos - O Pentágono anunciou, nesta terça-feira, sua intenção de reduzir o número de soldados americanos que participam da força de manutenção de paz na península egípcia do Sinai e de substituir esse efetivo por "drones", especialmente frente à ameaça do grupo Estado Islâmico.

Cerca de 700 militares americanos participam dessa missão de paz da ONU, que surgiu da assinatura de um tratado de paz de 1979 entre Israel e Egito, após os acordos de Camp David.

A missão é composta por 1.700 soldados e vinha mantendo uma discreta atividade desde sua mobilização. Uma série de ataques do EI nesses últimos meses obrigou, porém, a deixar as tropas em estado de alerta.

Em setembro, a explosão de uma bomba artesanal colocada na beira de uma estrada feriu seis capacetes azuis americanos.



O Pentágono permanece "totalmente comprometido" com a Missão da Força Multinacional de Observadores, embora considere usar aviões não tripulados, os chamados "drones", e outras ferramentas tecnológicas para realizar as tarefas mais arriscadas, declarou seu porta-voz, Jeff Davis.

"Ninguém falou de uma retirada em massa. Acho que temos, simplesmente, de olhar o número de pessoas que temos estacionadas no terreno e ver se algumas funções podem ser automatizadas", completou.

O secretário americano da Defesa, Ashton Carter, e outros funcionários de alto escalão de Washington iniciaram "discussões formais" sobre o tema com Israel e Egito, acrescentou Davis.

O governo americano pretende deslocar uma parte de suas tropas - atualmente perto da Faixa de Gaza - para um campo mais ao sul da península.

Alguns radicais que operam na península do Sinai prometeram fidelidade ao EI em novembro de 2014.

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