O Alto Comitê de Negociações (ACN) que reúne a oposição síria declarou nesta sexta-feira (15/4) que estaria disposto a formar um governo de transação com diplomatas e tecnocratas do regime de Damasco, mas não com "aqueles que cometeram crimes".
"Não podemos aceitar a participação no (futuro) corpo de transição de autoridades %u200B%u200Bque cometeram crimes contra o povo sírio", declarou à AFP Salem al-Meslet, porta-voz da coalizão que negocia com o regime em Genebra.
"Mas há muitos diplomatas e tecnocratas (...) e personalidades independentes na Síria" que podem fazer parte do governo, acrescentou.
Na resolução 2254, a ONU prevê a formação de um órgão de transição e a elaboração de uma nova Constituição, antes da realização de eleições presidenciais e legislativas em 2017.
Meslet, que participa com a delegação do ACN nas discussões de Genebra, patrocinadas pela ONU, observou que "o povo sírio terá que nos autorizar a escolher os nomes dos membros" deste órgão. "O (presidente) Bashar al-Assad ou quem quer que tenha cometido crimes contra o povo sírio não poderá participar", insistiu.
A participação do presidente sírio é a principal questão de desavença entre a oposição e o regime. Damasco se diz pronto para preparar um governo de coalizão com a oposição, mas considera que Assad deve permanecer no poder.
De acordo Meslet, os nomes que a oposição considerada aceitáveis ainda não foram discutidos.
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