Agência France-Presse
postado em 17/04/2016 15:12
Em sua visita à ilha grega de Lesbos, Francisco deu uma lição ao mundo ao levar consigo três famílias de refugiados sírios, no total de doze pessoas, para que iniciem vida nova sob a proteção do Vaticano. "Francisco nos salvou a vida", afirmaram.
"Ele é nosso salvador. Ficaremos à altura desta oportunidade", acrescentaram.
As três famílias, muçulmanas e em situação regular, que viajaram com Francisco no avião, passaram sua primeira noite hospedados na Comunidade católica de São Egídio, no bairro romano de Trastevere.
Em um gesto desafiador do pontífice em relação à Europa, Francisco reconheceu ante a imprensa que "é uma gota no mar, mas, depois desta gota, o mar não será mais o mesmo", citando madre Teresa, durante o voo de volta de Lesbos.
Francisco, neto de migrantes italianos, contou que a ideia lhe foi sugerida há uma semana por um colaborar.
[SAIBAMAIS] "Havia também duas famílias cristãs, mas os papéis não estavam prontos. Para mim, todos os refugiados são filhos de Deus", insistiu.
Depois de sua chegada à Roma, os refugiados sírios agradeceram ao papa "a sorte que deu a eles, com seu gesto de esperança que tanto os comoveu", segundo informou o jornal La Stampa.
Se no início pensavam em ir para a Alemanha ou o norte da Europa, agora se sentem totalmente agradecidos pelo gesto do Papa. "Somos os convidados do papa, ele nos salvou e devolveu a vida".
"Vimos amigos e parentes morrerem sob os escombros, fugimos porque na Síria não tínhamos qualquer esperança", explica Hassan, engenheiro originário de Damasco, acompanhado por sua esposa, Nour, e seu filho de dois anos.
"Em Lesbos, compreendemos que estávamos bloqueados em um lugar de onde não poderíamos sair, em uma prisão", lamentou-se. Até o dia em que chegou o Papa, "nosso salvador", segundo ele.
"Esperamos que a opinião pública na Europa compreenda nossas razões e que e o gesto do Papa tenha suas consequências na política em relação aos refugiados", declarou, por sua vez, Nour ao jornal La Repubblica.
O dom do Papa
Wafa, junto a seu marido Osama e seus filhos Masa e Omar, de 8 e 6 anos, descreve os contínuos bombardeios que viveu nos últimos meses.
"Desde então, meu filho Omar fala muito pouco, nenhuma palavra sai de sua boca, está encerrado em um silêncio impenetrável", conta a mãe, visivelmente triste.
Em Lesbos, "os dias eram longos até que Francisco nos devolveu a vida".
Ramy, um professor de 51 anos, explica que fugiu de Deir Ezor, uma província controlada pelo grupo Estado Islâmico (EI), com sua esposa Suhila e seus três filhos - Rashid e Abdelmajid, de 18 e 16 años, e a pequena Al Quds, de 7 anos. Depois da destruição de sua casa, decidiram ir embora.
"Somos gratos ao Papa, estaremos à altura desta oportunidade que ele nos deu e do dom que nos proporcionou", declarou ao La Stampa. Ele admitiu não saber se sua vida deve recomeçar na Europa ou talvez um dia possam voltar para uma Síria sem guerra e violência.
Com estas novas famílias, o Vaticano, que tem 1.000 habitantes, abriga 20 refugiados. Se os 300 milhões de europeus fizessem a mesma coisa, 6 milhões de refugiados seriam acolhidos.
No final do ano passado, o Papa convidou a todas as paróquias da Europa a abrigar uma família de refugiados, um pedido a que muitos não responderam devido à crescente desconfiança em relação aos muçulmanos.
"Ele é nosso salvador. Ficaremos à altura desta oportunidade", acrescentaram.
As três famílias, muçulmanas e em situação regular, que viajaram com Francisco no avião, passaram sua primeira noite hospedados na Comunidade católica de São Egídio, no bairro romano de Trastevere.
Em um gesto desafiador do pontífice em relação à Europa, Francisco reconheceu ante a imprensa que "é uma gota no mar, mas, depois desta gota, o mar não será mais o mesmo", citando madre Teresa, durante o voo de volta de Lesbos.
Francisco, neto de migrantes italianos, contou que a ideia lhe foi sugerida há uma semana por um colaborar.
[SAIBAMAIS] "Havia também duas famílias cristãs, mas os papéis não estavam prontos. Para mim, todos os refugiados são filhos de Deus", insistiu.
Depois de sua chegada à Roma, os refugiados sírios agradeceram ao papa "a sorte que deu a eles, com seu gesto de esperança que tanto os comoveu", segundo informou o jornal La Stampa.
Se no início pensavam em ir para a Alemanha ou o norte da Europa, agora se sentem totalmente agradecidos pelo gesto do Papa. "Somos os convidados do papa, ele nos salvou e devolveu a vida".
"Vimos amigos e parentes morrerem sob os escombros, fugimos porque na Síria não tínhamos qualquer esperança", explica Hassan, engenheiro originário de Damasco, acompanhado por sua esposa, Nour, e seu filho de dois anos.
"Em Lesbos, compreendemos que estávamos bloqueados em um lugar de onde não poderíamos sair, em uma prisão", lamentou-se. Até o dia em que chegou o Papa, "nosso salvador", segundo ele.
"Esperamos que a opinião pública na Europa compreenda nossas razões e que e o gesto do Papa tenha suas consequências na política em relação aos refugiados", declarou, por sua vez, Nour ao jornal La Repubblica.
O dom do Papa
Wafa, junto a seu marido Osama e seus filhos Masa e Omar, de 8 e 6 anos, descreve os contínuos bombardeios que viveu nos últimos meses.
"Desde então, meu filho Omar fala muito pouco, nenhuma palavra sai de sua boca, está encerrado em um silêncio impenetrável", conta a mãe, visivelmente triste.
Em Lesbos, "os dias eram longos até que Francisco nos devolveu a vida".
Ramy, um professor de 51 anos, explica que fugiu de Deir Ezor, uma província controlada pelo grupo Estado Islâmico (EI), com sua esposa Suhila e seus três filhos - Rashid e Abdelmajid, de 18 e 16 años, e a pequena Al Quds, de 7 anos. Depois da destruição de sua casa, decidiram ir embora.
"Somos gratos ao Papa, estaremos à altura desta oportunidade que ele nos deu e do dom que nos proporcionou", declarou ao La Stampa. Ele admitiu não saber se sua vida deve recomeçar na Europa ou talvez um dia possam voltar para uma Síria sem guerra e violência.
Com estas novas famílias, o Vaticano, que tem 1.000 habitantes, abriga 20 refugiados. Se os 300 milhões de europeus fizessem a mesma coisa, 6 milhões de refugiados seriam acolhidos.
No final do ano passado, o Papa convidou a todas as paróquias da Europa a abrigar uma família de refugiados, um pedido a que muitos não responderam devido à crescente desconfiança em relação aos muçulmanos.