O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou nesta terça-feira (19/4) as partes em conflito no Iêmen a iniciar as negociações de paz, que foram adiadas nos dois últimos dias.
Ban convocou o governo de Sanaa - apoiado pela Arábia Saudita - e os rebeldes xiitas huthis junto aos seus aliados a se comprometerem com seu emissário "para que as negociações possam começar sem demora".
[SAIBAMAIS] As negociações foram adiadas na segunda-feira (18/4), porque a delegação dos rebeldes huthis ainda não havia deixado a capital Sanaa, informou uma fonte ligada à delegação governamental.
Na sexta-feira (15/4), Ahmed, havia confirmado ante o Conselho de Segurança da ONU esta nova rodada de negociações entre o governo reconhecido pela comunidade internacional e os rebeldes xiitas huties.
"Jamais estivemos tão perto da paz" no conflito no Iêmen, afirmou.
O cessar-fogo implementado foi violado em várias ocasiões no Iêmen desde sua entrada em vigor, e nenhuma das partes declarou o conflito encerrado.
Desde a intervenção em 2015 da coalizão liderada pela Arábia Saudita para apoiar o governo, o conflito no Iêmen já deixou 6.300 mortos, a metade civis, e 30 mil feridos.
O conflito também produziu 2,4 milhões de refugiados e 80% da população necessita de ajuda humanitária, segundo a ONU.
O movimento rebelde pró-Irã dos huthis controla Sanaa desde setembro de 2014 e tem conseguido resistir aos avanços das forças xiitas pró-governo, apoiadas pela coalizão árabe, no norte e no centro do Iêmen.