O presidente francês, François Hollande, saudou nesta terça-feira (19/4) a "missão perigosa mas imperiosa contra o terrorismo" que o militares franceses realizam com operações aéreas a partir da Jordânia contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
"Estou aqui para manifestar meu apoio e o reconhecimento da Nação pela missão que vocês realizam", declarou Hollande diante dos militares franceses que participam da operação Chammal, que realiza incursões aéreas contra o EI a partir da base aérea Príncipe Hassan, a cerca de 100 quilômetros de Amã.
Após sua intervenção, Hollande recebeu na pista de pouso as tripulações de dois Mirages que voltavam de uma missão.
Retornando de "uma missão de guerra sobre o território do Iraque em apoio às tropas regulares iraquianas", o comandante Thibault disse aos jornalistas que "não há mistério (sobre o resultado da missão) já que as bombas não estão mais sob a fuselagem". "Sim, os elementos foram destruídos neste voo".
Desde novembro de 2014, é desta base que decolam os Mirages franceses para bombardear alvos do EI na Síria e no Iraque como parte da coalizão aérea liderada pelos Estados Unidos.
"Até este dia, cerca de 4 mil voos franceses foram realizados sobre o Iraque e a Síria como parte da operação Chammal", revelou Hollande, assinalando que as forças do EI já perderam "de 25% a 30%" do território que haviam conquistado.
"Nós desorganizamos suas estruturas (do EI), reduzimos sua capacidade de ação", afirmou Hollande, destacando "o sangue frio e o profissionalismo" dos militares franceses e o apoio dos jordanianos "na linha de frente" contra o Estado Islâmico.
"Mas a ação militar não é o suficiente", destacou Hollande ao defender uma solução política.
Segundo Hollande, a oposição síria "mostrou que é construtiva" em busca de uma saída negociada para o conflito. "As violações (da trégua em vigor desde fevereiro) não partem deles, mas sim do regime" de Bachar al-Assad.