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ONU confirma que as negociações de paz começam nesta quinta no Iêmen

O Iêmen, país pobre da península arábica, registra um cenário de caos desde a chegada dos huthis vinculados com o Irã, país xiita

Agência France-Presse
postado em 20/04/2016 14:39

Nações Unidas, Estados Unidos - As negociações de paz no Iêmen começarão nesta quinta-feira (21/4) no Kuwait, confirmou a ONU, depois que os xiitas huthis concordaram em se unir à mesa de discussões. A notícia foi confirmada pelo porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric.

Mais cedo, os rebeldes huthis e seus aliados no Iêmen anunciaram sua participação nas negociações de paz com o governo, com mediação da ONU.

[SAIBAMAIS]"Aceitamos participar nas negociações depois de recebermos garantias do mediador da ONU sobre o respeito da trégua, anunciou Saleh al-Samad, representante dos rebeldes huthis, em uma declaração ao canal canal Al Masirah.

As conversações deveriam ter começado na segunda-feira, mas foram adiadas porque os rebeldes e seus aliados não enviaram uma delegação ao Kuwait como protesto pelas "violações sauditas" do cessar-fogo, em vigor desde 10 de abril.

O anúncio foi confirmado por um representante do Congresso Popular Geral (CPG), o partido do ex-presidente Ali Abdallah Saleh, aliado dos huthis.

Na véspera, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou as partes em conflito no Iêmen a iniciar as negociações de paz.

Ban pediu que o governo de Sanaa - apoiado pela Arábia Saudita - e os rebeldes xiitas huthis junto aos seus aliados a se comprometam com seu emissário "para que as negociações possam começar sem demora".

As negociações foram adiadas na segunda porque a delegação dos rebeldes huthis ainda não havia deixado a capital Sanaa, informou uma fonte ligada à delegação governamental.

Na sexta-feira (15/4), Ahmed, havia confirmado ante o Conselho de Segurança da ONU esta nova rodada de negociações entre o governo reconhecido pela comunidade internacional e os rebeldes xiitas huties.

"Jamais estivemos tão perto da paz" no conflito no Iêmen, afirmou.



O cessar-fogo implementado foi violado em várias ocasiões no Iêmen desde sua entrada em vigor, e nenhuma das partes declarou o conflito encerrado.

Desde a intervenção em 2015 da coalizão liderada pela Arábia Saudita para apoiar o governo, o conflito no Iêmen já deixou 6.300 mortos, a metade civis, e 30 mil feridos.

O conflito também produziu 2,4 milhões de refugiados e 80% da população necessita de ajuda humanitária, segundo a ONU.

O movimento rebelde pró-Irã dos huthis controla Sanaa desde setembro de 2014 e tem conseguido resistir aos avanços das forças xiitas pró-governo, apoiadas pela coalizão árabe, no norte e no centro do Iêmen.

O Iêmen, país pobre da península arábica, registra um cenário de caos desde a chegada dos huthis vinculados com o Irã, país xiita.

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