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Na Alemanha, Obama defende acordos e postura de Merkel sobre migrantes

Em visita à Alemanha, Obama está tentando combater o ceticismo público sobre um acordo de comércio transatlântico entre os EUA e a Europa, enquanto enfrenta críticas dos pré-candidatos à Presidência dos EUA sobre um pacto de comércio Ásia-Pacífico

Agência Estado
postado em 24/04/2016 14:02
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu neste domingo os acordos comerciais internacionais, argumentando que é "indiscutível" que eles fortalecem as economias e tornam as empresas norte-americanas mais competitivas a nível mundial.

Em visita à Alemanha, Obama está tentando combater o ceticismo público sobre um acordo de comércio transatlântico entre os EUA e a Europa, enquanto enfrenta críticas dos pré-candidatos à Presidência dos EUA sobre um pacto de comércio Ásia-Pacífico. "A maioria das pessoas ainda favorece o comércio (internacional). Eles ainda reconhecem, no cômputo geral, que é uma boa ideia", afirmou Obama. "É indiscutível que ele (o comércio internacional) tornou a nossa economia mais forte."

O presidente dos EUA se disse confiante de que o acordo comercial transatlântico possa ser concluído até o fim do ano para daí ser apresentado para ratificação. Segundo Obama, uma vez que a eleição presidencial nos EUA terminar, o acordo transpacífico pode "começar a avançar".

Em entrevista coletiva concedida junto com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Obama afirmou que os dois discutiram questões econômicas e de segurança que a Europa enfrenta. Também reconheceu que a Alemanha é um forte parceiro nos esforços para combater o grupo Estado Islâmico e para fornecer ajuda humanitária a refugiados que fogem dos combates na Síria.

Porém, Obama reiterou a oposição dos EUA à ideia de criar uma "zona segura" em território sírio, afirmando que isso seria impraticável de instituir. "Como uma questão prática, infelizmente, é muito difícil ver como isso funcionaria a não ser que nós, essencialmente, estivéssemos dispostos a assumir militarmente um pedaço do país", afirmou.

Obama falou após Merkel recebê-lo no palácio de Herrenhausen, em Hannover, uma versão reconstruída da ex-residência real de verão destruída na Segunda Guerra Mundial.

O presidente dos EUA fez questão de dar uma demonstração pública de apoio ao tratamento "corajoso" de Merkel à questão dos migrantes. Merkel "está do lado certo da História sobre isso", afirmou Obama.

Obama tem a difícil tarefa de promover a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) na Alemanha. Ele se juntará a Merkel na tarde deste domingo para abrir a Hannover Messe, a maior feira de tecnologia industrial do mundo, e falar sobre o acordo. No sábado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Hannover em protesto, antes da chegada de Obama. Alguns carregavam cartazes que diziam "Sim, nós podemos - Parar o TTIP". Os proponentes dizem que o acordo impulsionará os negócios em um momento de incerteza econômica global, mas os críticos temem a erosão de proteções ao consumidor e normas ambientais.

Coreia do Norte

Obama disse ainda que os Estados Unidos não estão levando a sério as declarações mais recentes da Coreia do Norte sobre o país estar preparado para interromper seus testes nucleares se os EUA suspenderem os seus exercícios militares anuais com a Coreia do Sul.

O presidente dos EUA afirmou que, se a Coreia do Norte quer demonstrar seriedade, ele estaria preparado para entrar na negociação para reduzir as tensões na região. O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte fez a oferta em uma entrevista à Associated Press no sábado.

Mas Obama disse que um tal compromisso não é mostrado "por meio de um comunicado à imprensa" e que o Norte vai ter que melhorar a oferta. Fonte: Associated Press.

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