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Chefe rebelde sul-sudanês Riek Machar presta juramento como vice-presidente

Em Nova York, Hervé Ladsous, chefe das operações de manutenção da paz da ONU, demonstrou a esperança de que o retorno de Machar ao poder permita abrir "um novo capítulo para o país" e "começar realmente a transição" política

Agência France-Presse
postado em 26/04/2016 17:59


O chefe rebelde sul-sudanês Riek Machar prestou juramento nesta terça-feira como vice-presidente horas depois de voltar ao país, como parte de um acordo de paz destinado a acabar com mais de dois anos de guerra civil, constatou um jornalista da AFP.

"Estou totalmente comprometido com a aplicação deste acordo, para que o processo de reconciliação e reparação comece o quanto antes possível, para que as pessoas possam ter fé no país pelo qual lutaram tanto tempo", declarou Machar durante a cerimônia, no palácio presidencial.

Machar, cuja volta à capital foi adiada várias vezes, foi recebido por ministros e diplomatas ao deixar o aeroporto.

Depois, seguiu para o palácio presidencial para prestar juramento diante de altos funcionários da União Africana (UA) e o ex-chefe de Estado de Botsuana, Festus Mogae, que preside a Comissão de Vigilância e Avaliação (JMEC) do acordo de paz assinado em 26 de agosto de 2015.



"Estou plenamente comprometido com a implementação deste acordo para que o processo de reconciliação e de recuperação comece tão rápido quanto possível e que as pessoas possam ter fé no país pelo qual lutaram durante tanto tempo", declarou.

Em Nova York, Hervé Ladsous, chefe das operações de manutenção da paz da ONU, demonstrou a esperança de que o retorno de Machar ao poder permita abrir "um novo capítulo para o país" e "começar realmente a transição" política.

O Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, proclamou sua independência em julho de 2011 sobre as ruínas de décadas de conflito contra o poder central sudanês de Cartum.

Riek Machar já tinha ocupado o cargo de vice-presidente entre julho de 2011 e julho de 2013, quando foi destituído pelo presidente Salva Kiir. O enfrentamento entre ambos resultou em um conflito que deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 2,3 milhões de deslocados.

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