Agência France-Presse
postado em 13/05/2016 10:25
Santo Domingo, República Dominicana -Os dominicanos irão às urnas no domingo em eleições gerais sem grandes emoções, com um claro favoritismo do presidente Danilo Medina para conquistar a reeleição e garantir a hegemonia de seu partido de centro, no poder há 12 anos.
Considerado o presidente mais popular da América Latina pela consultoria mexicana Mitofsky (89% de aprovação em 2015), este economista de 64 anos quer conquistar o quarto mandato consecutivo para o Partido da Libertação Dominicana (PLD).
Medina tem uma preferência eleitoral de 63% e ganharia no primeiro turno - 50% mais um voto -, segundo um balanço da empresa Gallup publicado há duas semanas.
Mas seu principal rival, o rico empresário Luis Abinader, do social-democrata Partido Revolucionário Moderno (PRM), com 29%, segundo Gallup, aposta que haverá um segundo turno.
"Há matizes, mas as duas propostas se inscrevem em um pensamento conservador. Medina significa a continuidade e manter o monopólio hegemônico de um partido sobre os órgãos do Estado", disse à AFP o cientista político Rafael Toribio Domínguez, diretor do Centro de Gerência Social e Governabilidade Democrática (CEGES).
O país caribenho, que compartilha a ilha Hispaniola com o Haiti, tem uma economia baseada no turismo, com um crescimento de 7% em 2015 e uma inflação de 2,3%, mas uma pobreza que ronda os 40% e uma taxa de desemprego de 14%.
A relação com o Haiti, o país mais pobre da América Latina, continua sendo sensível, depois que em 2015 milhares de descendentes de cidadãos deste país foram deportados após uma polêmica decisão retroativa a 1929 que converteu em apátridas dezenas de milhares de pessoas.
Um total de 6,7 dos 10 milhões de dominicanos estão convocados às urnas para eleger o presidente dentre oito candidatos, além de 32 senadores, 190 deputados e autoridades municipais para os próximos quatro anos.