Agência France-Presse
postado em 13/05/2016 12:37
Londres, Reino Unido -Um britânico de 25 anos foi condenado nesta sexta-feira à prisão perpétua com uma pena de segurança de 12 anos por ter planejado um ataque contra os militares americanos no Reino Unido entre maio e julho de 2015.Junead Khan, de Luton (norte de Londres), usou seu trabalho de entregador em uma empresa farmacêutica como disfarce para recolher informações de bases militares americanos, revelou o julgamento de mais de seis semanas no tribunal londrino de Kingston Crown Court.
O seu objetivo, de acordo com mensagens trocadas com um combatente do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria descoberto pela polícia, era simular um acidente em frente a uma dessas bases para atacar um militar com uma faca em uma tentativa de reproduzir o cenário do assassinato de soldado britânico Lee Rigby, em maio de 2013.
Na ocasião, o jovem soldado foi atropelado por Michel Adebolajo e Michael Adebowale, dois londrinos de origem nigeriana, quando caminhava em direção ao seu quartel no distrito de Woolwich, sul da capital britânica.
Em seguida, os dois homens o esfaquearam e quase o decapitaram, sob os olhos de muitos transeuntes.
O juiz Andrew Edis afirmou nesta sexta-feira na sentença que "Junead Khan estava perto de cometer um assassinato na rua, com um método aterrorizante" e "seu delito é tão grave que uma pena de prisão perpétua deve ser aplicada".
Após a prisão de Junead Khan em julho de 2015, a polícia encontrou em sua casa imagens dele posando com uma bandeira do EI, além de um manual para fabricar bombas.
O homem foi condenado em 1 de abril por planejar atos terroristas entre maio e julho de 2015, e por planejar se juntar ao EI na Síria.
Seu tio Shazib Khan, de 23 anos, também foi considerado culpado dessa acusação e foi condenado nesta sexta-feira a 13 anos de prisão, com um mínimo de oito anos a cumprir.
"Junead Khan estava preparando um ataque no Reino Unido e os dois homens estavam planejando visitar a Síria para apoiar os terroristas", declarou durante o julgamento a chefe da divisão de luta contra terrorismo, Sue Hemming.