O ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, comparou os objetivos da União Europeia àqueles de Adolf Hitler, argumentando que o bloco de 28 nações está criando um super Estado que espelha a tentativa do líder nazista de dominar o continente europeu.
Johnson, a figura política mais proeminente a argumentar que a Grã-Bretanha deve deixar a União Europeia, diz que os últimos 2 000 anos de história europeia tinham sido dominados por tentativas de unificação do continente e recriação da era de ouro romana. "Napoleão, Hitler, várias pessoas tentaram isso, e termina tragicamente. A UE é uma tentativa de fazer isso por métodos diferentes", disse ele, segundo o jornal The Sunday Telegraph. "Mas, fundamentalmente, o que falta é o eterno problema que é não haver nenhuma lealdade subjacente à ideia de Europa. Não há qualquer autoridade única que alguém respeite ou entenda. Isso está causando essa grande lacuna democrática."
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As observações de Johnson provocaram imediatamente a indignação por parte daqueles que fazem campanha para a Grã-Bretanha permanecer na UE, antes da votação de 23 de junho sobre a possibilidade de o país ficar ou sair do bloco. A campanha "fica" descreveu os comentários de Johnson como um esforço desesperado de tirar o foco do impacto econômico que tal ruptura iria criar.
"Os militantes do ;deixa; perderam o argumento econômico e agora eles estão perdendo sua bússola moral", disse Hilary Benn, membro sênior do Partido Trabalhista. "Depois do horror da Segunda Guerra Mundial, a UE ajudou a pôr fim a séculos de conflitos na Europa. E Boris Johnson fazer esta comparação é ofensivo e desesperado."
Os comentários foram feitos depois de firmes advertências econômicas sobre o choque para a economia do país em caso de uma votação ampla na saída do bloco. O Banco da Inglaterra advertiu na semana passada que a Grã-Bretanha enfrenta uma recessão em meio à incerteza da chamada Brexit (saída britânica da UE).