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Presidente eleito das Filipinas promete restabelecer pena de morte

Além disso, Rodrigo Duterte disse neste domingo (15) que vai ordenar às forças de segurança que atirem para matar em sua luta contra o crime

Agência France-Presse
postado em 15/05/2016 16:24

Além disso, Rodrigo Duterte disse neste domingo (15) que vai ordenar às forças de segurança que atirem para matar em sua luta contra o crime

O presidente eleito das Filipinas, Rodrigo Duterte, prometeu neste domingo restabelecer a pena de morte e ordenar às forças de segurança que atirem para matar em sua luta contra o crime.

[SAIBAMAIS]"Pedirei ao Congresso que restabeleça a pena de morte por enforcamento", afirmou Duterte, em coletiva de imprensa em Davao, a cidade do sul da qual é prefeito.

Ele disse ainda que dará ordens às forças de segurança para que disparem para matar em operações contra o crime organizado e contra aqueles que resistirem violentamente à prisão.

"Se alguém resistir, ou mostrar uma atitude violenta de resistência, minha ordem à polícia (será) atirar para matar. Atirar para matar o crime organizado. Ouviram isso? Atirar para matar contra todo crime organizado", completou.

O presidente acrescentou que o governo vai recrutar talentosos franco-atiradores para atuarem em sua campanha contra os criminosos.

Duterte, de 71 anos, voltou a defender a necessidade de que a pena capital volte a ser aplicada contra uma variedade de crimes - em especial, drogas, estupro, assassinato e roubo.

A pena de morte foi abolida no país em 2006, durante a presidência de Gloria Arroyo.

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Acusado de ter criado esquadrões da morte que causaram mais de mil mortos, ele prometeu erradicar a criminalidade em seis meses.

Por suas grosserias, palavrões e piadas de mau gosto sobre os estupros, junto com sua impulsividade (ameaçou romper com Sydney e com Washington), chegou a ser comparado com Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca.

Em uma de suas declarações polêmicas, afirmou que 100 mil pessoas vão morrer, e muitos desses corpos serão lançados na baía de Manila para que "os peixes engordem, alimentando-se deles".

Por mais de 20 anos prefeito de Davao, ele garantiu sua vitória nas eleições com uma insuperável vantagem de 6,1 milhões de votos sobre seu rival mais próximo, o candidato governista Mar Roxas.

Três décadas depois da revolução que expulsou o ditador Ferdinand Marcos do poder, os opositores de Rodrigo Duterte advertiram sobre o risco de que sua eleição acarrete uma nova época convulsionada para as Filipinas.

Segundo Duterte, para acabar com a pobreza, deve-se erradicar o crime. E, para isso, é preciso transpor uma Justiça ineficaz e corrupta e ordenar às forças de segurança a eliminação dos criminosos.

"Esqueçam as leis sobre os direitos humanos", gritou em seu último comício.

Apesar de um crescimento econômico médio anual de 6% nesses últimos anos, mais de um quarto da população se encotnra abaixo da linha da pobreza, ou seja, a mesma proporção que seis anos atrás.

Há três décadas, o arquipélago foi liderado, tanto em nível local quanto nacional, por clãs familiares apoiados por importantes empresários. Esse sistema aprofundou ainda mais as diferenças entre ricos e pobres.

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