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Parlamento Europeu critica desrespeito aos direitos humanos na Venezuela

Antonio Tajani disse que a União Europeia tem de fazer todos os esforços possíveis para contribuir para uma solução à crise política no país

postado em 17/05/2016 09:58
O vice-presidente do Parlamento Europeu responsável pela América Latina, o italiano António Tajani, disse nesta terça-feira (17/5) que a Venezuela representa "um problema de direitos humanos" que a União Europeia deve abordar.

"Na Venezuela falta democracia. Não se pode fazer oposição a partir da prisão. Nem se pode ser empresário a partir da prisão. O respeito pelos direitos humanos para nós é uma prioridade", disse à Agência Lusa o parlamentar que também foi vice-presidente da Comissão Europeia.

Tajani, que participa da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-americana, no parlamento português, criticou as opções políticas do presidente venezuelano Nicolás Maduro, especialmente o encarceramento de memebros da oposição e empresários contrários ao regime bolivariano.

[SAIBAMAIS]"Ganhe quem ganhar, são os venezuelanos que decidem quem ganha. Mas não se pode reagir como fez o presidente Maduro e mandar opositores para a prisão. Estão sendo presos políticos e empresários por não estarem a favor do presidente Maduro", realçou.



Prisões

O presidente da Câmara de Caracas e opositor do regime, Antonio Ledezma, está detido há mais de um ano na Venezuela. Leopoldo López, outro opositor do regime de Maduro, também está preso.

Antonio Tajani classificou a situação na Venezuela como "preocupante" e disse que a União Europeia tem de fazer todos os esforços possíveis para contribuir para uma solução à crise política no país.

"Defender os direitos humanos é um trabalho da UE não só em seu território, mas também fora. É isso que está nos Tratados. Temos que defender os Direitos Humanos na Venezuela", disse.

Sobre a situação política no Brasil, Tajani fez questão de diferenciá-la do que ocorre na Venezuela. "O Brasil é outra situação de instabilidade. Há um problema de corrupção, mas não é nosso trabalho [resolvê-lo], isso é trabalho para o Brasil. Para nós, é importante a estabilidade de um país tão representativo, mas no Brasil há uma guerra política, não há um problema de direitos humanos [como na Venezuela]", disse.

Tajani disse que é possível que esta reunião da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-americana aprove uma declaração conjunta que inclua uma posição sobre a situação na Venezuela.

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