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China realiza exercícios militares antes da posse da nova presidente de Tai

O exército chinês "realizou ao menos três exercícios" desde o início de maio no sudeste da China, perto de Taiwan, de acordo com o jornal China Daily

Agência France-Presse
postado em 18/05/2016 09:46
Pequim, China - A China realizou vários exercícios militares parecidos com uma simulação de desembarque, informa a imprensa estatal, o que representa uma advertência aos partidários da independência de Taiwan, na véspera da posse de uma presidente hostil a Pequim. O exército chinês "realizou ao menos três exercícios" desde o início de maio no sudeste da China, perto de Taiwan, de acordo com o jornal China Daily.

[SAIBAMAIS]As mensagens de força são as mais recentes dirigidas a Tsai Ing-wen, eleita presidente de Taiwan em janeiro por um partido tradicionalmente a favor da independência, e que assumirá o poder na sexta-feira. Tsai não se declarou a favor da "independência", mas defende a manutenção da atual situação com Pequim, nem separação formal nem reunificação.

A nova presidente conseguiu uma grande vitória eleitoral em janeiro, ao derrotar o partido Kuomintang (KMT), que durante oito anos estimulou uma aproximação com Pequim. Taiwan está separada da China continental desde o fim da guerra civil em 1949, quando o exército nacionalista se refugiou nesta ilha, até então chinesa, após sua derrota para as forças comunistas.

Pequim considera Taiwan como parte integrante do território nacional, que pode ser recuperada à força se for necessário, e critica as ideias a favor da independência de Taipé. O exercício militar mais recente aconteceu na província chinesa costeira de Fujian (leste), diante de Taiwan. A ilha fica a 160 km das costas chinesas.

A TV estatal chinesa exibiu na terça-feira um vídeo que mostra soldados desembarcando em uma praia e avançando com fuzis, apoiados por tanques e helicópteros que lançavam obuses nas colinas. O ministério chinês da Defesa negou, no entanto, nesta quarta-feira que as manobras militares seriam dirigidas contra Tsai Ing-wen. "Isto faz parte dos dispositivos habituais de exercícios no sudeste da China, dentro do programa de treinamento anual. Não têm nenhum objetivo específico", afirmou o governo.

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