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Um dos envolvidos em atentados de Paris e Bruxelas deixou "testamento"

O texto, que teria sido apagado, estava em um computador portátil encontrado em 22 de março, o dia dos atentados de Bruxelas, perto de um dos apartamentos que os extremistas usavam como esconderijo

Agência France-Presse
postado em 18/05/2016 22:34
Mohamed Abrini, envolvido nos atentados de Paris e Bruxelas, atualmente detido, deixou um "testamento" justificando os ataques na capital francesa e dando a entender que estava disposto a morrer como um mártir, segundo os investigadores.

A informação procede de um informe datado de 11 de abril dos investigadores belgas, revelado nesta quarta-feira pela TV pública RTBF e que a AFP pôde consultar.

O "testamento", um documento em Word de 2 de fevereiro de 2016, assinado com o nome de "Abou Yahya", que poderia ser uma carta de Abrini para a sua mãe, indica o relatório enviado à juíza de instrução que investiga o caso.

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O texto, que teria sido apagado, estava em um computador portátil encontrado em 22 de março, o dia dos atentados de Bruxelas, perto de um dos apartamentos que os extremistas usavam como esconderijo no bairro de Schaerbeek.

A carta, escrita em maiúsculas e cheia de erros de ortografia, demonstra, segundo os investigadores, que Abrini esteve na Síria. Nela, Abrini aprova os atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris, e qualifica de "herói" a quem se faz explodir para "aterrorizar os infiéis".

Mohamed Abrini, de 31 anos, um pequeno delinquente belga de origem marroquina do bairro de Molenbeek, foi detido em 8 de abril, em Bruxelas.

Foi identificado como o "terceiro homem" do atentado de 22 de março no aeroporto da cidade, onde dois suicidas detonaram os explosivos que levavam junto ao corpo. Também se sabe que ajudou os autores dos atentados de Paris a chegar de carro de Bruxelas.

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