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Brexit: expatriados britânicos levam proibição de votar à Suprema Corte

Os britânicos que estão há mais de 15 anos no exterior não podem votar nas eleições gerais ou no referendo

Britânicos que vivem há mais de 15 anos no exterior anunciaram que levarão à Suprema Corte a proibição de votar no referendo sobre a União Europeia, depois de perderem nesta sexta-feira (20/5) a batalha na segunda instância.

Um tribunal de apelação britânico deu razão nesta sexta-feira a um tribunal inferior e estimou que a proibição não viola o direito à liberdade de movimento dentro da UE, como sustentam os expatriados.

Harry Shindler, um idoso veterano britânico da Segunda Guerra Mundial que vive na Itália, e Jacquelyn MacLennan, britânica residente na Bélgica, levaram o caso aos tribunais.



Seus advogados, do escritório Leigh Day, anunciaram que apelarão à máxima instância judicial porque consideram que "2 milhões de cidadãos britânicos veem seu direito ao voto ser negado ilegalmente".

A Suprema Corte examinará na terça-feira(24/5) este caso que provocou certa inquietação, porque pode obrigar a adiar o referendo de 23 de junho se a justiça acabar dando razão aos expatriados.

Os britânicos que estão há mais de 15 anos no exterior não podem votar nas eleições gerais ou no referendo. Já os irlandeses e os cidadãos de países da Commonwealth que vivem no Reino Unido, assim como os de Gibraltar, podem votar.