Familiares das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido quando sobrevoava a Ucrânia em 2014, apresentaram uma demanda contra a Rússia e o presidente russo, Vladimir Putin, ante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH), noticiou neste sábado o jornal australiano Sydney Morning Herald.
Um escritório de advogados australiana, LHD Lawyers, interpôs em 9 de maio um pedido de indenização no valor de 10 milhões de dólares australianos (6,4 milhões de euros) para cada uma das partes acusadas, segundo o jornal.
Segundo os documentos apresentados pela LHD Lawyers, a Rússia tentou esconder sua implicação nesta tragédia.
No total, a demanda foi apresentada por parentes de 33 vítimas australianas, neozelandesas e malaias.
Os 298 passageiros do voo MH17 eram de mais de dez nacionalidades, com uma maioria de holandeses.
O Boeing 777, que decolou em 17 de julho de 2014 de Amsterdã, na Holanda, rumo a Kuala Lumpur, na Malásia, caiu após ser atingido por um míssil de fabricação russa quando sobrevoava o leste da Ucrânia.
Uma investigação internacional sobre as causas do acidente, coordenada por pesquisadores holandeses, concluiu no ano passado que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar do tipo BUK de fabricação russa, que foi lançado desde uma zona dominada por separatistas pró-Rússia.
Em fevereiro, uma investigação penal anunciou que esperava determinar em poucos meses o lugar exato desde onde o míssil teria sido disparado.