Agência France-Presse
postado em 21/05/2016 18:00
O secretário americano da Defesa, Ash Carter, conversou por telefone, neste sábado, com seu homólogo japonês e lhe pediu desculpas oficialmente, depois que um americano funcionário de uma base militar em Okinawa foi detido sob suspeita de matar uma jovem da região.No telefonema ao general Nakatani, Carter "expressou sua tristeza e suas desculpas" em relação à morte da jovem "e estendeu suas sinceras desculpas à família da vítima e a seus amigos", informou o Pentágono, em uma nota.
O ex-soldado Kenneth Franklin Shinzato, de 32 anos, foi preso acusado de ter abandonado o corpo da jovem Rina Shimabukuro, de 20, em uma estrada. Rina estava desaparecida desde o final de abril.
O acusado admitiu ter estuprado e matado a vítima.
Shinzato trabalhava na base aérea de Kaneda, na região de Okinawa.
Na conversa, Carter disse a Nakatani que "os Estados Unidos esperam que o autor desse crime seja posto à disposição das leis japonesas".
O secretário americano declarou ainda que o militar "está determinado a cooperar totalmente" com as autoridades japonesas para investigar o caso.
Nakatani viajou no sábado para Okinawa para apresentar um protesto formal ao comandante americano da base. Depois, publicou um comunicado, no qual descreveu o assassinato como um "estremecedor e trágico incidente".
Esse incidente ocorreu às vésperas da visita do presidente americano, Barack Obama, ao Japão. Ele chega na próxima semana ao país, onde participará da cúpula dos países do G7, em Ise-Shima. Depois, Obama irá a Hiroshima para uma visita histórica a uma das duas cidades japonesas destruídas pela bomba atômica.