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Justiça belga examinará em 9 de junho transferência de extremista à França

Os ataques de 22 de março em Bruxelas deixaram 32 mortos no total: 16 no aeroporto e 16 na estação de metrô Maelbeek, no coração do bairro europeu da capital belga, e mais de 300 feridos

Agência France-Presse
postado em 03/06/2016 13:19

Bruxelas, Bélgica - A justiça belga irá analisar em 9 de junho o pedido de transferência para a França de Mohamed Abrini, envolvido nos ataques de 13 de novembro em Paris e no de 22 de março em Bruxelas, anunciou nesta sexta-feira o procurador federal belga.

"A Câmara do Conselho de Bruxelas vai examinar os pedidos relacionados a Mohamed B. (Bakkali) e Mohamed Abrini durante sua audiência em 9 de junho", indicou em um comunicado o procurador federal encarregado de casos de terrorismo na Bélgica.

Mohamed Abrini, um belga de origem marroquina de 31 anos, foi filmado na companhia de Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos dos atentados de Paris, em um posto de gasolina em Oise (norte de Paris) dentro do carro que foi usado para levar os homens-bomba ao Stade de France (subúrbio de Paris) dois dias depois.

Ele também reconheceu, em 9 de abril, um dia depois de sua prisão, em Bruxelas, ser o terceiro homem - "o homem com o chapéu" - que acompanhou os dois homens-bomba do aeroporto de Bruxelas.

Os ataques de 22 de março em Bruxelas deixaram 32 mortos no total: 16 no aeroporto e 16 na estação de metrô Maelbeek, no coração do bairro europeu da capital belga, e mais de 300 feridos.

Mohamed Bakkali, de 28 anos, é, por sua vez, acusado de ter alugado uma BMW, vista perto de três casas em Schaerbeek (Bruxelas), Charleroi e Auvelais (sul) usadas para preparar os ataques que mataram 130 pessoas na capital francesa em 13 de novembro.

O procurador federal também indicou que a Câmara do Conselho decidiu autorizar na quinta-feira a transferência à França para ser julgado de Hamza Attou, suspeito de ajudar Salah Abdeslam em sua fuga após os ataques em Paris, confirmando uma informação da agência de notícias belga.

A justiça de Bruxelas determinou essa autorização com uma condição: que depois de seu julgamento Hamza Attou "retorne para a Bélgica para cumprir sua pena ou medida de segurança que seria imposta a ele".

Finalmente, a Câmara do Conselho também autorizou a entrega à justiça francesa de dois outros suspeitos, Mohamed Amri, que buscou Salah Abdeslam em Paris na companhia de Hamza Attou, e Ali Oulkadi, que por sua vez conduziu Salah Abdeslam em Bruxelas no dia seguinte aos ataques.

Salah Abdeslam, entregue em 27 de abril às autoridades francesas depois de sua prisão na Bélgica, único membro dos comandos parisienses ainda vivo, está preso em Paris, onde se recusou a falar durante o seu primeiro interrogatório.

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