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Keiko Fujimori aposta no discurso carismático para obter vitória nas urnas

Pesquisas mostram redução da diferença entre a filha do ex-presidente Alberto Fujimori e o rival, Pedro Pablo Kuczynski

postado em 05/06/2016 08:00
Keiko Fujimori, durante comício em Lima: candidata  de 41 anos enfrenta resistência dos movimentos populares e rejeição por histórico familiar
Keiko Fujimori, candidata do Fuerza Popular (FP), chega às votações de hoje como a candidata favorita para suceder Ollanta Humala no governo do Peru. Até o último domingo, ela liderava as pesquisas de intenção de voto com quase 10 pontos de vantagem. Sondagens divulgadas nos últimos dias indicam que a diminuiu distância entre Keiko e Pedro Pablo Kuczynski (do Peruanos por el Kambio, PPK), o que aumentou as esperanças do concorrente. De acordo com o centro de pesquisas CPI, Keiko deve conseguir 51,6% dos votos válidos, contra 48,4% de Kuczynski.

Filha do ex-presidente Alberto Fujimori, a candidata dividiu o país e enfrenta forte resistência de movimentos populares. Aos 41 anos, ela intensificou a campanha com promessas de melhoria na segurança, apontada como a principal preocupação dos eleitores. Com um discurso populista especialmente voltado para a repressão da delinquência, a política se beneficia da herança política deixada pelo pai, que combateu grupos criminosos com rigidez durante o regime ditatorial.


;O PPK (Pedro Pablo Kuczynski) não tem as coisas claras, não tem a mão firme para lutar contra esse flagelo;, defendeu Keiko, na última semana, quando reforçou a promessa de convocar as Forças Armadas para combater o crime. Ela também se comprometeu a colocar 10 mil policiais nas ruas e construir cinco centros de detenção ;sem sinal de celular;.

A campanha de Kuczynski, economista de 77 anos, insiste que o resultado das votações não está definido e aposta nos indecisos, que podem ser influenciados pelo forte movimento de oposição à candidata. ;A decisão está nas mãos dos que decidem o voto no dia da eleição;, destaca a cientista política Maria Milagros Campos, da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Uma virada de última hora não seria novidade para a política peruana. Em 2011, quando concorreu à presidência pela primeira vez, Keiko liderava a campanha, mas foi ultrapassada por Ollanta Humala no fim da corrida do segundo turno.

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