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Polícia do Cazaquistão caça responsáveis por ataques que deixaram 17 mortos

"Foi um ato de terrorismo. Reforçamos a vigilância de todos os lugares estratégicos", indicou o ministro do Interior, Kalmoukhanbet Kasimov, em uma reunião do governo.

Agência France-Presse
postado em 06/06/2016 13:06
A polícia do Cazaquistão ainda está à procura de um ou vários homens armados após uma série de ataques "terroristas" que deixaram 17 mortos desde domingo (5/6), informou o ministério do Interior deste país da Ásia Central. Os ataques causaram a morte de três civis e três soldados, e posteriormente de 11 criminosos mortos na operação anti-terrorista lançada pelas autoridades.

"Foi um ato de terrorismo. Reforçamos a vigilância de todos os lugares estratégicos", indicou o ministro do Interior, Kalmoukhanbet Kasimov, em uma reunião do governo. Homens armados atacaram no domingo dois depósitos de armas em Aktobe (oeste), matando três civis, antes de sequestrarem um ônibus com o qual invadiram uma base da Guarda Nacional, onde mataram três soldados.

Uma caçada humana foi lançada nesta cidade de 400 mil habitantes, anunciou o ministério do Interior, que indicou que os onze suspeitos mortos eram "extremistas religiosos". As autoridades do Cazaquistão não confirmaram as declarações da imprensa indicando nesta segunda-feira que tiroteios foram ouvidos fora da cidade.



De acordo com a imprensa local, os depósitos de armas foram fechados nesta segunda-feira nas principais cidades do Cazaquistão. O presidente do Senado, Kassym-Jomart Tokayev, denunciou no Twitter "o cinismo e a crueldade dos bandidos" na véspera do início do mês de jejum do Ramadã.

Governado com mão de ferro desde os tempos soviéticos pelo presidente Nursultan Nazarbayev, de 75 anos, o Cazaquistão, país predominantemente muçulmano da Ásia Central, esforça-se desde a queda da União Soviética para construir um Estado laico. As autoridades locais manifestaram recentemente preocupação com o crescimento do islamismo radical no país.

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