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EUA consideram 'desanimadora' promessa de Assad de reconquistar a Síria

Norte-americanos pediram ainda que Rússia e Irã, aliados da Síria, pressionem o governo do país a respeitar a trégua com as forças de oposição

Agência France-Presse
postado em 07/06/2016 18:51
Os Estados Unidos consideraram nesta terça-feira (7/6) "desanimadora" a promessa de Bashar al-Assad de reconquistar "cada milímetro" da Síria e pediu à Rússia e ao Irã que pressione seu aliado a respeitar a trégua no país.

O presidente sírio formulou a ameaça em seu primeiro discurso diante do novo Parlamente em Damasco, colocando em dúvida seu compromisso com as conversas de paz sob a proteção da ONU e a trégua entre o governo e as forças de oposição.

"Não temos outra opção além da vitória", declarou Assad diante dos aplausos do Parlamente eleito em condições de guerra civil, em comícios que não foram reconhecidos por Washington e outros críticos internacionais do presidente sírio.

"Não há nada de surpreendente no que disse hoje, mas é desanimador", disse Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, que acrescentou se tratar de uma declaração "clássica de Assad".

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"Acreditamos que a Rússia e o Irã poderiam ao menos recorrer àqueles dentro do regime que ainda podem influenciá-lo para evitar que permita que este processo político, este término de hostilidades, colapse totalmente", disse Toner.

John Earnest, porta-voz do presidente americano Barack Obama, estimou que a determinação de Assad de não sair do poder "só agrava o caos e a confusão".

"O presidente (russo Vladimir) Putin se comprometeu a usar essa influência para fazer com que o regime de Assad cumpra com o término das hostilidades".

A Rússia e os Estados Unidos comandam o Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG) de 21 nações que respaldam um processo liderado pela ONU para negociar um fim da guerra civil na Síria, que já leva cinco anos.

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