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Suspeito de matar cantora Christina Grimmie tinha duas pistolas e uma faca

Motivações do agressor são desconhecidas, mas os investigadores "revistam o celular e o computador do suspeito para ver se encontram um motivo para esse crime", informou o chefe da Polícia de Orlando

Agência France-Presse
postado em 11/06/2016 17:53

Motivações do agressor são desconhecidas, mas os investigadores

O homem que teria matado a cantora Christina Grimmie, conhecida por aparecer no programa de TV "The Voice EUA", portava duas pistolas e uma faca de caça no momento dos disparos - informou a Polícia de Orlando.

As autoridades acreditam que o agressor, de 21 anos, viajou de algum lugar da Flórida para Orlando, onde Grimmie dava um show.

[SAIBAMAIS]A artista, de 22, acabava de cantar com o grupo Before You Exit e estava dando autógrafos, quando o homem se aproximou e a matou, suicidando-se em seguida.

A jovem foi transferida imediatamente para o hospital regional de Orlando, onde faleceu.

As motivações do agressor são desconhecidas, mas os investigadores do caso "revistam o celular e o computador do suspeito para ver se encontram um motivo para esse crime", informou o chefe da Polícia de Orlando, John Mina.

"O sujeito deste caso não é de Orlando. O suspeito viajou até Orlando, aparentemente, para cometer o crime e planejava de imediato voltar ao lugar de onde vinha", explicou Mina.

Além das armas, o jovem tinha dois carregadores cheios de balas, segundo o policial. Mina não deu o nome do agressor para não atrapalhar a investigação em curso.

O funcionário também declarou que guardas desarmados revistaram os participantes do show, mas, por alguma razão, as armas do agressor passaram despercebidas.

"Não há detectores de metal. As pessoas não são revistadas. Abrem suas bolsas, e os guardas olham dentro para ver se há armas", explicou.

"Estamos falando de crianças. Não é o tipo de público que alguém esperaria que levasse armas a um evento com esse", completou.

"Não sabemos se era apenas um fã louco que a seguia no Twitter, ou em outras redes sociais. Realmente não sabemos", declarou a porta-voz da Polícia, Wanda Miglio, em entrevista coletiva.

"É um acontecimento realmente trágico. Deveria ter sido algo alegre, emocionante", completou.

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Cerca de 100 pessoas assistiram ao show, mas poucas restavam no local no momento do crime, informou Miglio.

O irmão da cantora foi classificado como "herói" pela Polícia, pois impediu que "o atacante ferisse outras pessoas", declarou o porta-voz.

Em 2014, Christina Grimmie participou da sexta temporada do programa de calouros "The Voice EUA", exibido pela rede NBC. Já havia lançado seu primeiro álbum, "Find Me", em 2011.

"Nosso coração está destruído", publicou a NBC no Twitter após o ataque, afirmando que a cantora "era um membro amado da nossa família".

"Não temos palavras. Perdemos uma bela pessoa, com uma voz incrível", lamentou a emissora, após a confirmação da morte de Christina.

Adam Levine, cantor com cujo grupo a vítima se apresentava no programa, publicou uma foto com a cantora em sua conta no Instagram ao receber a notícia.

Fãs da cantora publicaram nas redes sociais vídeos de suas apresentações, entre elas a versão da canção de Mylie Cyrus "Wrecking Ball" que mostrou em uma etapa do The Voice.

Nascida em Nova Jersey, Christina se tornou conhecida com suas versões emocionantes de hits, em vídeos com milhões de visualizações no YouTube.

Esse ataque aumenta a pressão no debate sobre a legislação de porte de armas nos Estados Unidos, onde foram usadas em 11.200 assassinatos em 2013, segundo os Centros Para Controle de Doenças e Prevenção.

Até agora, os reiterados tiroteios não levaram à adoção de medidas efetivas, em um país onde o direito de portar armas está protegido pela Segunda Emenda da Constituição.

A candidata democrata Hillary Clinton prometeu enfrentar o poderoso lobby dos fabricantes de armas, se for eleita presidente, enquanto Donald Trump, o virtual nomeado republicano, comprometeu-se a "cuidar da Segunda Emenda".

Em 20 de maio, o maior grupo de apoio às armas de fogo nos Estados Unidos, a National Rifle Association (NRA), anunciou seu apoio oficial a Trump e pediu votos para o republicano. O objetivo é impedir que Hillary suceda ao democrata Barack Obama, presidente radicalmente contra o lobby das armas e que defende um debate sobre o tema, assim como a reforma na atual legislação.

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