Mundo

Holandesa que denunciou estupro no Catar e foi condenada volta a seu país

A jovem de 22 anos, identificada como Laura, deixou Doha na quarta-feira (15) à tarde, informou o porta-voz do Ministério holandês de Relações Exteriores, Daphne Kerremans

Agência France-Presse
postado em 16/06/2016 17:27

Uma holandesa de 22 anos, que foi condenada a um ano de prisão com direito a sursis no Catar por "adultério", após denunciar um estupro, foi expulsa e retornou a seu país, indicaram nesta quinta-feira as autoridades holandesas.

A jovem de 22 anos, identificada como Laura, deixou Doha na quarta-feira (15) à tarde, informou o porta-voz do Ministério holandês de Relações Exteriores, Daphne Kerremans.

"Confirmo sua partida e seu retorno aos Países Baixos", disse.

A jovem estava detida desde sua prisão em 14 de março no Catar, onde foi passar suas férias. Originária de Utrecht, na parte central da Holanda, foi para um hotel onde o consumo de álcool estava autorizado.

Seu advogado informou que ela foi dançar e quando retornou para sua mesa, após dar o primeiro gole em sua bebida, se deu conta de que havia sido drogada.



"Depois, não se recorda de nada até a manhã, quando acordou em um apartamento que era totalmente desconhecido para ela e percebeu, horrorizada, que havia sido estuprada", contou seu representante.

Na segunda-feira, um tribunal de Doha a condenou a um ano de prisão em suspenso por "adultério", que na legislação local se refere às relações sexuais fora do casamento, que são proibidas no Catar.

A jovem rechaçou as acusações.

O tribunal estipulou que ela iria ser expulsa do Catar após pagar uma multa de 3.000 rials (732 euros, 799 dólares).

O acusado também foi condenado, mas sua defesa afirmou que a relação foi consensual e que a jovem inclusive pediu dinheiro em troca, o que ela nega.

Ele também deveria ser expulso do Catar após ser punido com 100 chibatadas por adultério e 40 por "consumo de álcool".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação