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Presidente russo se reúne com contrapartes de Armênia e Azerbaijão

Em um primeiro momento, o presidente russo se encontrou com os governantes separadamente, antes de almoçar com os dois juntos em São Petersburgo

Agência France-Presse
postado em 20/06/2016 17:06

O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu nesta segunda-feira com seus homólogos da Armênia, Serge Sarkissian, e do Azerbaijão, Ilham Aliev, para tentar consolidar o cessar-fogo na disputada região de Nagorno-Karabakh, também conhecida como Alto Karabakh.

Em um primeiro momento, o presidente russo se encontrou com os governantes separadamente, antes de almoçar com os dois juntos em São Petersburgo.

"Queremos que o conflito se resolva de forma pacífica. Quero agradecer-lhe, assim como aos dirigentes de outros países, como co-presidente do grupo de Minsk (para o Karabakh), todos os esforços que fizeram a respeito deste tema", declarou Serge Sarkissian no início de seu encontro com Vladimir Putin, segundo um comunicado de Kremlin.

Também pediu para "avançar na realização dos acordos firmados, sobretudo para criar um mecanismo de observação do cessar-fogo", segundo as agências russas.



Ilham Aliev agradeceu à Rússia por seu "papel construtivo na solução" do conflito, fazendo um chamado à "descolonização do território azerbaijano (...) ocupado há mais de 20 anos", segundo o comunicado de Kremlin.

"As discussões serão difíceis. O principal objetivo é se proteger contra a retomada das hostilidades", advertiu o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

A trégua foi assinada em Moscou após vários dias de intensa violência no início de abril, quando foram registrados os piores confrontos desde o primeiro cessar-fogo concluído em 1994, após uma guerra que deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, principalmente azerbaijanos.

A origem deste conflito remonta a vários séculos e cristalizou-se durante a era soviética, quando Moscou atribuiu este território majoritariamente armênio à república do Azerbaijão.

Anos depois, os separatistas armênios controlaram a região do Cáucaso após uma guerra entre 1988 e 1994.

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