Agência France-Presse
postado em 30/06/2016 20:00
Um tribunal federal argentino iniciou nesta quinta-feira (30/6) uma investigação sobre suposta corrupção envolvendo Cristina Kirchner e um conhecido empresário ligado à ex-presidente.O tribunal determinou "avançar sem mais demoras sobre as suspeitas que envolvem as mais altas autoridades do Poder Executivo precedente", informaram fontes judiciais.
A investigação se concentra nas relações obscuras entre a então presidente e Lázaro Baéz, um empresário dono de empresas encarregadas de várias obras públicas, atualmente detido.
Báez, também acusado de enriquecimento ilícito, teria se beneficiado da influência de Cristina Kirchner para vencer diversas concorrências públicas, devolvendo o favor com subornos.
Nas redes sociais, Cristina Kirchner reagiu afirmando que "há décadas" não se via "um abuso de poder e uma perseguição política semelhante".
"Podem me prender, mas nunca vão esconder as consequências de um plano econômico que apenas distribui pobreza para os trabalhadores", disse Kirchner ao atribuir a decisão a juízes influenciados pelo governo do presidente Mauricio Macri.
"Jamais tivemos contas (não declaradas) no exterior", rebateu a ex-presidente, em referência a empresas e contas de Macri nas Bahamas e no Panamá, reveladas no chamado Panama Papers.
O finado marido de Cristina, o ex-presidente Néstor Kirchner, não é investigado no caso.