Agência France-Presse
postado em 03/07/2016 13:19
O enviado especial dos Estados Unidos para o processo de paz na Colômbia, Bernie Aronson, confirmou que foi convidado pelo presidente Juan Manuel Santos e autorizado por seu governo a participar dos eventuais diálogos com a guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional)."Existem potencialmente negociações com o ELN e o presidente Santos pediu que eu esteja envolvido, e eu estarei, ao menos inicialmente", disse Aronson em entrevista publicada neste domingo (3/7) pelo jornal El Tiempo.
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O delegado americano participa do processo de negociação que Santos mantém com as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunista) em Havana, Cuba, e que estão em sua reta final.
Aronson indicou que já tem permissão de seu governo para participar de um eventual diálogo com o Exército de Libertação Nacional (guevarista), mas assegurou que não pode dizer "agora" qual seria sua função específica nesse processo.
O ELN e o governo anunciaram em 30 de março a instauração iminente de um diálogo formal após dois anos de negociações secretas. No entanto, isso ainda não foi concretizado porque Santos pediu que essa guerrilha abandone primeiro as operações de sequestro e os rebeldes se negam a fazer "gestos unilaterais".
Aronson, entretanto, indicou que continuará colaborando em várias tarefas do processo de paz desenvolvido com as Farc, que incluem a implementação dos acordos, junto com o esforço de remover as minas e a desmobilização de crianças armadas.
O delegado americano se mostrou convencido de que "a guerra (com as Farc) acabou, e o acordo é irreversível, assumindo que seja aprovado pelos colombianos em plebiscito".